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VASECTOMIA
Médico que realiza cirurgia deve saber como revertê-la
DA REPORTAGEM LOCAL
O médico que realizar uma
vasectomia deve estar habilitado a revertê-la, estabelece
resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) publicada ontem no "Diário
Oficial da União". A mudança faz parte de uma série de
normas éticas para a realização de cirurgia de esterilização masculina.
A iniciativa partiu da Sociedade Brasileira de Urologia, que pretende coibir a
realização da cirurgia por
médicos de outras especialidades. Segundo o relator
Edevard José de Araújo, conselheiro do CFM, embora seja um procedimento ambulatorial, considerado relativamente simples, a vasectomia tem consequências, como um eventual desejo de
reverter a esterilização e o
risco de isso não ser possível.
"No ano passado, a ANS
[Agência Nacional de Saúde
Suplementar] colocou a vasectomia na lista de procedimentos que devem ser cobertos pelos planos de saúde.
Aí houve uma preocupação
de que esse procedimento ficasse banalizado", afirma.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia,
José Carlos de Almeida, trata-se de um um procedimento complexo, que exige que o
paciente reflita junto com a
família e aguarde 60 dias
após decidir realizá-lo.
Nem o Ministério da Saúde nem o CFM têm dados sobre o número de vasectomias
revertidas nos últimos anos.
(RACHEL BOTELHO)
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