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Laboratórios bancam parte dessas reuniões
DE SÃO PAULO
No Brasil, mais da metade do custo financeiro de
um congresso médico é
bancado pela indústria
farmacêutica e de equipamentos. A maioria dos médicos concorda com isso.
Pesquisa do Cremesp divulgada pela Folha no
mês passado mostrou que
58% dos médicos paulistas são favoráveis ao patrocínio. Um a cada cinco
(19%) concorda que a indústria opine sobre a programação de congressos e
simpósios médicos.
As sociedades médicas
garantem que esse tipo de
interferência não ocorre,
nem mesmo quando os
próprios palestrantes do
evento são patrocinados
pela indústria, prática comum na maioria das reuniões médicas.
No congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que acontece em setembro em Belo Horizonte,
tudo tem patrocínio da indústria, do papel timbrado
ao jantar do presidente.
A entidade afirma ter
autonomia sobre toda a
programação científica e
que, sem a ajuda da indústria, o custo do encontro
seria muito alto, o que inviabilizaria a participação
dos médicos.
A AMB (Associação Médica Brasileira) também se
diz favorável ao patrocínio, desde que as informações sejam isentas.
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