São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2010

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Laboratórios bancam parte dessas reuniões

DE SÃO PAULO

No Brasil, mais da metade do custo financeiro de um congresso médico é bancado pela indústria farmacêutica e de equipamentos. A maioria dos médicos concorda com isso.
Pesquisa do Cremesp divulgada pela Folha no mês passado mostrou que 58% dos médicos paulistas são favoráveis ao patrocínio. Um a cada cinco (19%) concorda que a indústria opine sobre a programação de congressos e simpósios médicos.
As sociedades médicas garantem que esse tipo de interferência não ocorre, nem mesmo quando os próprios palestrantes do evento são patrocinados pela indústria, prática comum na maioria das reuniões médicas.
No congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que acontece em setembro em Belo Horizonte, tudo tem patrocínio da indústria, do papel timbrado ao jantar do presidente.
A entidade afirma ter autonomia sobre toda a programação científica e que, sem a ajuda da indústria, o custo do encontro seria muito alto, o que inviabilizaria a participação dos médicos.
A AMB (Associação Médica Brasileira) também se diz favorável ao patrocínio, desde que as informações sejam isentas.


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