|
Texto Anterior | Índice
Medidor digital de pressão é menos preciso
Comparação mostra diferença entre medições no aparelho mais novo e no tradicional
RACHEL BOTELHO
DE SÃO PAULO
Um estudo de técnicas de
medição da pressão arterial
sugere que a digital mostra,
em média, dois pontos a menos do que a tradicional.
Entre pacientes idosos, a
discrepância foi três vezes
mais frequente do que entre
os mais novos, segundo a
pesquisa do Good Samaritan
Hospital, em Los Angeles.
"A artéria do idoso é mais
rígida, o aparelho digital tem
mais dificuldade para captar
o pulso", diz César Jardim,
supervisor do pronto-socorro
do Hospital do Coração.
No Brasil, a maioria dos
médicos usa a técnica tradicional, mas muitos hipertensos têm medidor digital.
"O aparelho fornece uma
informação para o médico,
mas orientamos o paciente a
levá-lo na consulta, para
comparar as duas medidas e
ver se tem diferença entre um
e outro", diz Jardim.
O modelo antigo, auscultatório (de escutar, em latim), usa um estetoscópio
-posicionado no braço do
paciente, acima da artéria- e
um manômetro de mercúrio.
Com ele, o médico ouve
quando o som do pulso é
mais alto (correspondente à
pressão sistólica, máxima)
ou abafado (pressão diastólica, mínima) e confere a pressão, em milímetros de mercúrio, em cada ponto.
O aparelho mais novo,
chamado oscilométrico, calcula as pressões sistólicas e
diastólicas com base na média e requer menos prática do
usuário.
A pesquisa comparou as
medidas de 337 pacientes. O
número mais alto foi 13,1 no
aparelho digital, para 13,3 no
manômetro. A pressão diastólica deu 7,0, contra 7,2.
Para 7% das pessoas, a diferença ficou entre 1 e 1,5
ponto; 4% tiveram uma diferença de 1,5 a 2 pontos.
"Essa diferença pode representar uma mudança de
conduta médica", diz Jardim.
Texto Anterior: Farmacêutico quer receitar analgésico e remédio antigripal Índice
|