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Pintura substitui uso de cadáver em aula médica
Método não prejudica ensino, segundo professor
Eduardo Anizelli/Folha Imagem
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Modelo em aula de morfologia
DA REPORTAGEM LOCAL
A Universidade Anhembi
Morumbi substituiu os cadáveres por pintura (bodypainting)
e projeção e animação de imagens no corpo de modelos nas
aulas de morfologia. O sistema
de ensino foi inspirado em outro semelhante existente na
Peninsula Medical School (Reino Unido) desde 2002.
Por meio dessa técnica, os
alunos visualizam a anatomia
humana de acordo com a sua
proporção. Para cada aula, há
uma pintura e uma projeção referente ao sistema que os alunos estão estudando. Ontem,
por exemplo, os alunos estudaram a morfologia do coração.
Segundo José Manoel dos
Santos, professor de morfologia e coordenador do curso de
ciências biológicas da universidade, a pintura associada à projeção de imagem dá uma idéia
de dimensão da estrutura do
corpo a ser estudada.
A preparação de uma aula de
40 minutos, segundo ele, chega
a demorar cinco horas. Nesse
período, são tiradas as medidas
dos órgãos, ossos e vasos sangüíneos do modelo, que serão
pintados no corpo por uma artista plástica -Kazuy Yamada,
professora de design e moda da
Anhembi Morumbi.
Santos afirma que não há
prejuízo na substituição dos cadáveres no ensino médico. "A
substituição [de cadáver] é uma
tendência mundial. Quando a
técnica é aplicada dentro de um
rigor científico, os resultados
são ótimos."
Outros recursos
Outra estratégia cada vez
mais comum nos cursos na área
de saúde são os robôs e computadores com modernos softwares que permitem ao aluno realizar procedimentos virtuais.
Chamadas de "simuladores
reais de pacientes", as máquinas custam de US$ 80 mil a
US$ 300 mil e simulam diversas funções do corpo humano,
como respiração, batimentos
cardíacos, inchaço e pulsação.
Instrutores ficam instalados
em uma sala de controle e manipulam as respostas do robô.
Por exemplo, os batimentos
cardíacos podem variar de uma
hora para outra ou a garganta e
a língua incharem, dependendo
da situação clínica. Uma das
vantagens desse tipo de tecnologia, dizem os médicos, é permitir o treino e a repetição de
procedimentos quantas vezes
forem necessárias, até o aluno
ganhar prática.
(CC)
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