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Nathália Félix da Nóbrega deixa o hospital com a filha

ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Vestindo um gorro de Papai Noel, o bebê Luiza Victória foi o principal presente de Natal de sua mãe, a promotora de festas Nathália Félix da Nóbrega, 23. Nascida há quatro meses com 430 g e 26 cm, a menina recebeu alta ontem da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal do Hospital Pasteur, no Méier, zona norte do Rio.
Nathália teve pré-eclâmpsia na 24ª semana de gestação, e os médicos decidiram antecipar o parto, pois a mãe corria risco de morte.
"Para a criança, era ainda mais difícil. Mas tínhamos que salvar a vida da mãe e fizemos tudo pela filha", disse João Henrique Leme, chefe da UTI neonatal do hospital.
Luiza nasceu em 30 de agosto e teve que ser submetida a um tratamento para compensar o nascimento prematuro -uma gravidez normal dura entre 37 e 42 semanas. As crianças costumam nascer pesando entre 2,5 kg e 3,5 kg.
Na incubadora, a menina recebeu alimentação e antibióticos por tubos. Ela teve alta com 2,2 kg e 46 cm.
"Ela vai ter uma vida normal, mas vai ter acompanhamento na parte oftalmológica, de crescimento e de ganho de peso", disse Leme.

Sobrevida
Segundo ele, a sobrevida para bebês que nascem com menos de 500 g é menor do que 50%. "Sem seqüelas é muito mais raro", afirmou.
O hospital passou a ser a segunda casa de Nathália desde o nascimento da filha. "Só pude pegá-la no colo depois de quase dois meses. Cheguei a amamentar por uma semana, mas meu leite secou", disse a mãe.
A menina, que se chamaria Luiza, ganhou o segundo nome ao nascer prematura. "Sabia que ela venceria essa batalha", disse Nathália.
Em 2006, o caso do bebê Arthur Carvalho da Costa chamou a atenção pelas mesmas condições. Ele nasceu com 385 g e 23 cm. Sobreviveu sem seqüelas.


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