São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 2011

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Centro tem histórico de crises e disputas

DE SÃO PAULO

Nos últimos anos, o centro de reprodução, que leva o nome do governador Mário Covas (morto em 2001), passou por várias crises orçamentárias e de gestão.
A liberação dos recursos que possibilitaram a criação do centro foi um dos últimos atos de Covas, atendendo a um pedido do seu médico pessoal, Samy Arap, então titular da urologia do HC.
À época da inauguração, em fevereiro de 2003, formou-se uma fila de 10 mil casais à procura de tratamento. Era -e ainda é- o segundo centro público no Brasil a fazer tratamento de reprodução totalmente gratuito -o primeiro é o Pérola Byngton, também em São Paulo. Mas no primeiro ano de funcionamento, o centro não atendeu ninguém por falta de profissionais, medicamentos e material de consumo.

DISPUTA POLÍTICA
Havia também uma disputa política entre as clínicas de urologia e de ginecologia. O centro foi criado pela urologia e, depois, passou a ser gerido pelas duas especialidades -com alternância anual.
Por fim, decidiu-se que o comando do centro ficaria à cargo da ginecologia. À época, a equipe da urologia, chefiada pelo médico Jorge Hallack, disse que a mudança praticamente interrompeu o atendimento e as pesquisas que eram desenvolvidas.
Agora, os titulares das duas clínicas afirmam que a disputa são águas passadas, mas a Folha apurou que ainda há uma clima de tensão entre as duas especialidades.
"O centro é de responsabilidade da divisão de ginecologia, com participação da urologia", diz Edmundo Baracat, titular da urologia.
"A situação era surrealista. Ninguém se entendia. Agora, o grupo está pacificado. Não vou deixar que conflitos internos causem mais prejuízos ao centro", disse o urologista Miguel Srougi. (CC)


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