DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A jornalista Lanusse Martins Barbosa, 27, morreu anteontem durante uma cirurgia de lipoaspiração em uma clínica particular de Brasília.
Análise do IML (Instituto Médico-Legal) indicou morte por choque hipovolêmico (falta de movimento sanguíneo) provocado por instrumento perfuro-contundente, que seria a cânula da lipoaspiração, afirmou o promotor Diaulas Ribeiro, que instaurou inquérito e acompanha o caso.
Segundo uma amiga de Barbosa, que não quis se identificar, o anestesista que participou da cirurgia disse que ela teve uma parada cardíaca e que tentaram reanimá-la.
O hospital disse que só se pronunciará após a divulgação do laudo, previsto para o final da semana.
O médico responsável pela cirurgia é Haeckel Cabral Moraes, segundo a clínica e o CRM (Conselho Regional de Medicina) do DF. Ele tem registro no CRM e título de especialista em cirurgia plástica. A Folha tentou entrar em contato com Moraes e não obteve resposta. O médico ainda não apresentou advogado.
O cirurgião não pertence ao corpo de médicos da clínica, segundo a assessoria de imprensa do local, e alugou uma sala equipada com aparelhos de reanimação.
Essa estrutura está dentro da legalidade, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Sebastião Guerra. Para ele, é preciso apurar "até onde foi a fatalidade, e onde começa a culpa humana".
(JOHANNA NUBLAT)


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