São Paulo, sábado, 27 de agosto de 2011

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DO BERÇO À VELHICE

Bebês nascidos em Pelotas em 2015 serão acompanhados pela vida toda

DE PORTO ALEGRE - A Universidade Federal de Pelotas (RS) vai monitorar a partir de 2015 -e durante toda a vida- a quarta geração de pessoas nascidas na cidade ao longo de um ano.
O objetivo é avaliar as condições de saúde da população e incrementar um banco de dados que já conta com 15 mil participantes.
Em 1982, 1993 e 2004, a universidade colheu informações sobre todos os bebês nascidos no município gaúcho.
O histórico dessas crianças auxiliou a Organização Mundial da Saúde a recomendar a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida, segundo a universidade, e já rendeu 500 artigos científicos.
A nova pesquisa será financiada pela fundação britânica Wellcome Trust e terá como objetivo identificar fatores de risco para doenças crônicas, com foco na atividade física.
Pela primeira vez, as mães serão acompanhadas desde o pré-natal. Pelotas tem hoje 328 mil habitantes. A expectativa é descrever 4.000 nascimentos.
Os dados dos participantes das pesquisas são coletados periodicamente.
Na próxima semana, os nascidos em 1993, que completam 18 anos em 2011, passarão por novas entrevistas -nas anteriores, tinham 4, 11 e 15 anos.
Esses dados possibilitam estudos comparativos em diversas áreas, segundo o epidemiologista Pedro Hallal, que vai coordenar o levantamento.
Sem isso, um pesquisador que formula uma hipótese ligando amamentação a menor risco de depressão, por exemplo, precisaria entrevistar adultos, o que abre uma brecha para erros.
"Vamos para a frente do computador e cruzamos [as informações dos participantes]: depressão atual e amamentação passada. A gente responde a pergunta científica em cinco dias", afirma Hallal.


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