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Desejos vão de sapato a visita a celebridades
DA REPORTAGEM LOCAL
A Make a Wish foi inspirada na experiência de
Christopher Greicius, um
garoto americano que sonhava ser policial. Em
1980, aos sete anos, sua
leucemia piorou e um amigo de sua mãe decidiu ajudar a realizar seu desejo. O
menino foi nomeado policial honorário, ganhou
uniforme personalizado e
voou de helicóptero.
A mãe de Chris foi uma
das fundadoras da organização, hoje presente em 32
países. Foram quatro anos
até assinar a filiação da
Make a Wish brasileira,
em outubro. A entidade
está treinando voluntários
e busca patrocinadores.
O presidente, o empresário Salim Tannus Neto,
conheceu a iniciativa
quando morava nos EUA.
"Forma-se uma corrente
positiva. A família, os voluntários, todo mundo se
envolve", diz.
Antes de realizar o desejo de Jaíne, a equipe ajudou a Make a Wish argentina a levar um menino de
oito anos para o GP do
Brasil de Fórmula 1. Ele
teve direito a foto com o
piloto Lewis Hamilton.
Lêda Tannus, coordenadora de voluntários, diz
que a idéia é ir além do desejo em si. "Criamos um
cenário, com gosto, cheiro,
cor. É isso que fica."
Qualquer pessoa pode
mandar o desejo de pacientes que se enquadrem
nos critérios -ter entre 3 e
18 anos e uma doença que
ponha a vida em risco. Os
contatos para informação
e para quem quiser ajudar
o projeto estão em www.makeawish.org.br.
Não há exigências socioeconômicas. "Desejo é
desejo. Só não pode pôr a
vida em risco", diz Salim.
Os médicos da criança
têm que dar autorização.
A variedade de pedidos
é enorme. Viagens, desejos de ser princesa ou
bombeiro e de conhecer
celebridades são comuns.
Uma panamenha quis
só um sapato -novo e do
tamanho de seu pé, já que
sempre usara pares doados. Na Alemanha, um garoto quis conhecer o presidente dos EUA, George
W. Bush -pedido aceito
na hora pela Casa Branca.
O papa também é disponível: os pedidos de conhecê-lo mantêm a Make a
Wish italiana ocupada.
"A idéia é mostrar que é
possível ter esperança",
diz Salim.
(FM)
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