São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 2008

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Desejos vão de sapato a visita a celebridades

DA REPORTAGEM LOCAL

A Make a Wish foi inspirada na experiência de Christopher Greicius, um garoto americano que sonhava ser policial. Em 1980, aos sete anos, sua leucemia piorou e um amigo de sua mãe decidiu ajudar a realizar seu desejo. O menino foi nomeado policial honorário, ganhou uniforme personalizado e voou de helicóptero.
A mãe de Chris foi uma das fundadoras da organização, hoje presente em 32 países. Foram quatro anos até assinar a filiação da Make a Wish brasileira, em outubro. A entidade está treinando voluntários e busca patrocinadores.
O presidente, o empresário Salim Tannus Neto, conheceu a iniciativa quando morava nos EUA. "Forma-se uma corrente positiva. A família, os voluntários, todo mundo se envolve", diz.
Antes de realizar o desejo de Jaíne, a equipe ajudou a Make a Wish argentina a levar um menino de oito anos para o GP do Brasil de Fórmula 1. Ele teve direito a foto com o piloto Lewis Hamilton.
Lêda Tannus, coordenadora de voluntários, diz que a idéia é ir além do desejo em si. "Criamos um cenário, com gosto, cheiro, cor. É isso que fica."
Qualquer pessoa pode mandar o desejo de pacientes que se enquadrem nos critérios -ter entre 3 e 18 anos e uma doença que ponha a vida em risco. Os contatos para informação e para quem quiser ajudar o projeto estão em www.makeawish.org.br.
Não há exigências socioeconômicas. "Desejo é desejo. Só não pode pôr a vida em risco", diz Salim. Os médicos da criança têm que dar autorização.
A variedade de pedidos é enorme. Viagens, desejos de ser princesa ou bombeiro e de conhecer celebridades são comuns.
Uma panamenha quis só um sapato -novo e do tamanho de seu pé, já que sempre usara pares doados. Na Alemanha, um garoto quis conhecer o presidente dos EUA, George W. Bush -pedido aceito na hora pela Casa Branca. O papa também é disponível: os pedidos de conhecê-lo mantêm a Make a Wish italiana ocupada.
"A idéia é mostrar que é possível ter esperança", diz Salim. (FM)


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