São Paulo, terça-feira, 28 de dezembro de 2010

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Anvisa quer inserir frases de alerta em caixas de remédios

Proposta visa destacar contraindicações e efeitos colaterais em embalagens e bulas

MARIANA PASTORE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou nesta segunda-feira uma proposta que sugere o uso de frases de alerta em embalagens e bulas de medicamentos.
Um comunicado publicado pela agência traz as informações que devem constar em cada tipo de substância.
Segundo o documento, embalagens e bulas poderão ter frases de advertência, que trazem precauções, contraindicações mais graves e medidas que favorecem o uso correto dos medicamentos.
A Vigilância Sanitária ainda propõe que seja informado o grau de risco para o uso dos remédios durante gravidez e amamentação.
De acordo com a proposta da agência, as bulas devem trazer as frases em negrito.
O tamanho das letras deve ser maior do que o usado no restante do papel.
Nas embalagens, as frases devem vir com dimensões que permitam fácil leitura

QUEM LÊ BULA?
"A grande maioria das pessoas não lê aquelas bulas extensas. Acho muito interessante destacar o principal efeito colateral, desde que de forma sintética e com letras grandes", afirma o clínico-geral Paulo Olzon, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Ele acredita que a iniciativa da Anvisa pode ser boa se levar as pessoas a ter mais cuidado na hora de consumir remédios. No entanto, diz Olzon, "é preciso haver critério e escrever a verdade".
A lista das substâncias e as frases de alerta serão atualizadas periodicamente, de acordo com a proposta da Anvisa, para atender às necessidades dos usuários de medicamentos.
A proposta fica em consulta pública por 120 dias.


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