São Paulo, segunda-feira, 29 de março de 2010

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Hospital de câncer faz parceria com centros nos EUA

Projetos das instituições preveem intercâmbio nas áreas de pesquisa, ensino e tratamento de tumores

FLÁVIA MANTOVANI
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO

O Hospital do Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, firmou uma parceria com quatro centros de saúde norte-americanos para intercâmbio nas áreas de pesquisa, ensino e tratamento. As instituições que participam dos projetos são o MD Anderson Cancer Center, um dos maiores hospitais oncológicos do mundo, a Universidade Johns Hopkins, a Clínica Mayo e o St. Jude Children's Research Hospital.
Henrique Prata, gestor do Hospital do Câncer de Barretos, afirma que foi procurado pelas instituições depois que o hospital passou a ser chancelado pelo NCI (National Cancer Institute), dos Estados Unidos, no início do ano passado. "Antes éramos nós que íamos até eles. Agora nós estamos sendo convidados."
Prata afirma que um dos principais focos de interesse das instituições americanas no hospital brasileiro é seu banco de tumores -o maior do Brasil, com 26 mil amostras.
Algumas atividades previstas para as parcerias, como intercâmbio de profissionais e discussões conjuntas de casos por videoconferência, já estão sendo realizadas. Os programas incluem ainda projetos de pesquisa em conjunto.
No caso da Universidade Johns Hopkins, por exemplo, a parceria foi estabelecida para a realização de estudos na área de biologia molecular, sobre traços genéticos do câncer de mama.

Holanda
Outra novidade no Hospital do Câncer de Barretos é que a instituição importou da Holanda um protocolo de prevenção ao câncer que, de acordo com Henrique Prata, é um dos mais avançados do mundo.
O protocolo foi implantado no início deste ano no centro de prevenção ao câncer de mama do hospital, que faz exames de rastreamento em Barretos e em algumas cidades próximas - até o ano passado eram 77 municípios contemplados; agora, serão 212.
"O objetivo é atingir 80% da população alvo [mulheres com idade entre 40 e 69 anos]", afirma Prata.
O protocolo inclui o uso de mamógrafos digitais, que são mais precisos. Além disso, a interpretação de cada exame precisa ser feita por dois profissionais, que não têm acesso ao diagnóstico do outro. Se os resultados não coincidirem, o exame deverá ser encaminhado para um médico coordenador, que fará a avaliação final.


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