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Hospital de câncer faz parceria com centros nos EUA
Projetos das instituições preveem intercâmbio nas áreas de pesquisa, ensino e tratamento de tumores
FLÁVIA MANTOVANI
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO
O Hospital do Câncer de Barretos, no interior de São Paulo,
firmou uma parceria com quatro centros de saúde norte-americanos para intercâmbio
nas áreas de pesquisa, ensino e
tratamento. As instituições que
participam dos projetos são o
MD Anderson Cancer Center,
um dos maiores hospitais oncológicos do mundo, a Universidade Johns Hopkins, a Clínica Mayo e o St. Jude Children's
Research Hospital.
Henrique Prata, gestor do
Hospital do Câncer de Barretos, afirma que foi procurado
pelas instituições depois que o
hospital passou a ser chancelado pelo NCI (National Cancer
Institute), dos Estados Unidos,
no início do ano passado. "Antes éramos nós que íamos até
eles. Agora nós estamos sendo
convidados."
Prata afirma que um dos
principais focos de interesse
das instituições americanas no
hospital brasileiro é seu banco
de tumores -o maior do Brasil,
com 26 mil amostras.
Algumas atividades previstas
para as parcerias, como intercâmbio de profissionais e discussões conjuntas de casos por
videoconferência, já estão sendo realizadas. Os programas incluem ainda projetos de pesquisa em conjunto.
No caso da Universidade
Johns Hopkins, por exemplo, a
parceria foi estabelecida para a
realização de estudos na área
de biologia molecular, sobre
traços genéticos do câncer de
mama.
Holanda
Outra novidade no Hospital
do Câncer de Barretos é que a
instituição importou da Holanda um protocolo de prevenção
ao câncer que, de acordo com
Henrique Prata, é um dos mais
avançados do mundo.
O protocolo foi implantado
no início deste ano no centro de
prevenção ao câncer de mama
do hospital, que faz exames de
rastreamento em Barretos e
em algumas cidades próximas
- até o ano passado eram 77
municípios contemplados; agora, serão 212.
"O objetivo é atingir 80% da
população alvo [mulheres com
idade entre 40 e 69 anos]", afirma Prata.
O protocolo inclui o uso de
mamógrafos digitais, que são
mais precisos. Além disso, a interpretação de cada exame precisa ser feita por dois profissionais, que não têm acesso ao
diagnóstico do outro. Se os resultados não coincidirem, o
exame deverá ser encaminhado para um médico coordenador, que fará a avaliação final.
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