São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011 |
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DEPOIMENTO "Já acordava pensando em cigarro"
DE SÃO PAULO A dentista Léa Márcia Fogaça, 51, fumou por quase 40 anos. Depois de várias tentativas, pensa que, agora, vai abandonar o vício. "Comecei a fumar aos 12 anos, minha avó me ensinou. Naquela época, era comum reunir minhas tias e primas e todas fumavam. Como tempo, minha média passou a ser um maço por dia.Fumava em todas as situações, só parava quando estava atendendo os pacientes. Mesmo assim, acada intervalo, corria para fumar um cigarrinho. Fumava até a hora de dormir e já acordava pensando em cigarro. Há cinco anos resolvi parar. Meu marido deixou o cigarro há 11 anos e fazia pressão para que eu parasse também. Em casa, eu só fumava na varanda. Tentei várias vezes fazer isso sozinha, mas não consegui. Sou estressada, ansiosa, e o cigarro sempre foi meu porto seguro. Cheguei a fazer um tratamento com Champix, mas tive que interromper. Tenho fibromialgia e, na época, as dores musculares ficaram intensas e minha médica pediu para cortar o remédio. Consegui ficar um ano sem fumar, mas, não resisti. A vontade foi maior. Há cinco meses, resolvi tentar de novo, dessa vez com esse método [PAF]. Começamos com o Champix, depois associamos a fluoxetina [antidepressivo] e, por último, a bupropiona. Só depois desses ajustes É que consegui lidar melhor com a abstinência. Não estou mais tão ansiosa. De vez em quando, sinto vontade, especialmente em ambientes sociais com pessoas fumando e bebendo ou em situações de mais estresse. Mas,dessa vez, sinto que é para valer." Texto Anterior: Só 10% das cidades do Brasil têm programas para tratar tabagismo Próximo Texto: Plantão médico - Julio Abramczyk: Uma pedra no caminho da gestante Índice | Comunicar Erros |
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