São Paulo, terça-feira, 29 de setembro de 2009

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PSORÍASE

Pesquisa inédita no Brasil traça perfil dos pacientes

RACHEL BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O primeiro levantamento epidemiológico sobre a psoríase no Brasil revela que os portadores são predominantemente mulheres (56%), têm idade média de 43 anos e apresentam o problema há mais de dez anos (43%).
A psoríase é uma doença de origem genética caracterizada por placas avermelhadas na pele. Em 30% dos casos, provoca também dores articulares. Não tem cura, mas pode ser controlada.
Segundo o dermatologista Cid Sabbag, que é diretor do Centro Brasileiro de Psoríase e Vitiligo e realizou a pesquisa com o laboratório Wyeth, os resultados são semelhantes aos de outros países, mas também trazem surpresas. "Muita gente foi a mais de sete dermatologistas após o diagnóstico, o que mostra uma falha na comunicação. Muitos dermatologistas afirmam apenas que a doença é incurável."
A pesquisa se baseia em questionários respondidos por 687 pacientes entre 2003 e 2009. Destes, 77% afirmam que a doença prejudica sua qualidade de vida e 51% evitam certas atividades por conta dela, como ir à praia. Do total, 18% já foram afastados do trabalho.
Para Sabbag, a psoríase afeta a autoestima e o orçamento. "A prevalência de depressão é semelhante à encontrada entre pessoas com diabetes. E o convênio não cobre o tratamento."


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