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PSORÍASE
Pesquisa inédita no Brasil traça perfil dos pacientes
RACHEL BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O primeiro levantamento
epidemiológico sobre a psoríase no Brasil revela que os
portadores são predominantemente mulheres (56%),
têm idade média de 43 anos e
apresentam o problema há
mais de dez anos (43%).
A psoríase é uma doença
de origem genética caracterizada por placas avermelhadas na pele. Em 30% dos casos, provoca também dores
articulares. Não tem cura,
mas pode ser controlada.
Segundo o dermatologista
Cid Sabbag, que é diretor do
Centro Brasileiro de Psoríase e Vitiligo e realizou a pesquisa com o laboratório
Wyeth, os resultados são semelhantes aos de outros países, mas também trazem
surpresas. "Muita gente foi a
mais de sete dermatologistas
após o diagnóstico, o que
mostra uma falha na comunicação. Muitos dermatologistas afirmam apenas que a
doença é incurável."
A pesquisa se baseia em
questionários respondidos
por 687 pacientes entre
2003 e 2009. Destes, 77%
afirmam que a doença prejudica sua qualidade de vida e
51% evitam certas atividades
por conta dela, como ir à
praia. Do total, 18% já foram
afastados do trabalho.
Para Sabbag, a psoríase
afeta a autoestima e o orçamento. "A prevalência de depressão é semelhante à encontrada entre pessoas com
diabetes. E o convênio não
cobre o tratamento."
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