São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2011 |
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Governo muda tratamento para derrame Rede pública de saúde terá mais remédios contra coágulos e atendimento domiciliar JOHANNA NUBLAT DE BRASÍLIA O Ministério da Saúde vai mudar a forma como o AVC (acidente vascular cerebral, o chamado derrame) é tratado na rede pública do país. A mudança está desenhada em três linhas principais, segundo disse à Folha o ministro da Saúde, Alexandre Padilha: formação de equipes especiais nos hospitais, ampliação da distribuição de um medicamento específico (trombolítico) e atendimento domiciliar na esfera do SUS. Para reduzir o impacto do AVC -primeira causa de morte e incapacidade no Brasil-, o ministério promete investir R$ 440 milhões até 2014 em equipes e no medicamento. A proposta, escrita pelo governo e por especialistas, deve entrar em consulta pública hoje, dia mundial do AVC. Novos 1.225 leitos para vitimas de derrame deverão ser criados nos próximos quatro anos em 151 municípios. A criação de unidades especializadas será incentivada. "Em vez de credenciar leitos isolados, a gente credencia serviços que façam essas enfermarias, no padrão UTI", afirmou o ministro. No hospital, o paciente terá acesso a um trombolítico, remédio que dissolve o coágulo, explica Elza Dias Tosta, presidente da Academia Brasileira de Neurologia. A droga é usada nos casos de AVC isquêmico, em que o coágulo fecha uma artéria e impede o sangue de chegar às células nervosas. Se usado rapidamente, o remédio evita mortes e sequelas, segundo a médica. Outra mudança será o atendimento domiciliar de pacientes com risco de AVC ou que já tenham sido vítimas do derrame. Uma portaria publicada ontem estipulou regras para a oferta do atendimento domiciliar -destinado, por exemplo, a municípios com população igual ou superior a 100 mil ou em área metropolitana com 40 mil a 100 mil habitantes. Outras duas vertentes importantes da mudança, afirma Tosta, são o enfoque dado à prevenção e o incentivo para que o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) faça o primeiro atendimento da vítima do AVC e a encaminhe para unidades-referência na área. Texto Anterior: Americanos querem novos números em testes de colesterol Próximo Texto: Pílula arriscada: Anticoncepcionais aumentam o risco de trombose, afirma estudo Índice | Comunicar Erros |
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