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19% dos pacientes têm queixas da rede privada
Pesquisa Ibope ouviu 1.512 pacientes no Estado
FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisa Ibope realizada a
pedido da Secretaria de Estado
da Saúde de São Paulo aponta
que 19% dos usuários da rede
privada de hospitais têm alguma queixa sobre o atendimento
prestado. O levantamento foi
realizado no mês de janeiro e
ouviu 1.512 pacientes.
De acordo com a pesquisa,
20% dos pacientes reclamam
da demora no atendimento oferecido na recepção dos hospitais, 14% reclamam da morosidade dos médicos, 10% fazem
queixas em relação ao serviço
realizado pelos enfermeiros e
11% criticam outros funcionários. Além disso, 12% dos entrevistados reclamam da forma
como os médicos fazem o atendimento durante as consultas.
Outro dado criticado pelos
pacientes ouvidos é a demora
na entrega dos exames e a desorganização na triagem dos
pacientes que chegam ao hospital. A pesquisa aponta ainda
que 7% dos usuários se queixam da falta de preparo dos
funcionários, incluindo médicos, recepcionistas e enfermeiros. A falta de médicos especialistas também consta do rol de
reclamações dos pacientes.
A nota média atribuída ao
atendimento recebido no serviço privado de saúde foi de 8,5
-o serviço público recebeu nota média de 7,9.
Segundo Nilson Paschoa, secretário-adjunto da Saúde, o
principal objetivo da pesquisa
foi entender o que pensa e como pensa o usuário da saúde
privada, para que a secretaria
possa pensar em ações de melhoria do sistema público.
"Já trabalhamos com uma
grande migração de pacientes
das classes alta e média para o
SUS. Antes isso era impensável.
Com isso, aumenta a nossa
obrigação, temos de redobrar
os esforços, porque passamos a
ser avaliados por um público
muito mais exigente no que diz
respeito à qualidade dos serviços oferecidos", diz Paschoa.
Superlotação
Hospitais das classes A e B de
São Paulo, por exemplo, enfrentam superlotação dos leitos para internações. Instituições como o Albert Einstein e o
Sírio-Libanês já registram, em
alguns dias da semana, ocupação máxima, o que leva pacientes a enfrentarem longa espera
no pronto-socorro ou a serem
transferidos para outros hospitais. O Nove de Julho e o Samaritano também vivem situações
semelhantes.
O médico Henrique Moraes
Salvador Silva, presidente da
Anahp (Associação Nacional de
Hospitais Privados) foi procurado ontem pela Folha, mas
não foi encontrado em seu consultório. Segundo a assessoria
de imprensa da Anahp, apenas
Silva estava autorizado a falar
em nome da instituição.
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