São Paulo, terça-feira, 31 de março de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

19% dos pacientes têm queixas da rede privada

Pesquisa Ibope ouviu 1.512 pacientes no Estado

FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisa Ibope realizada a pedido da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que 19% dos usuários da rede privada de hospitais têm alguma queixa sobre o atendimento prestado. O levantamento foi realizado no mês de janeiro e ouviu 1.512 pacientes.
De acordo com a pesquisa, 20% dos pacientes reclamam da demora no atendimento oferecido na recepção dos hospitais, 14% reclamam da morosidade dos médicos, 10% fazem queixas em relação ao serviço realizado pelos enfermeiros e 11% criticam outros funcionários. Além disso, 12% dos entrevistados reclamam da forma como os médicos fazem o atendimento durante as consultas.
Outro dado criticado pelos pacientes ouvidos é a demora na entrega dos exames e a desorganização na triagem dos pacientes que chegam ao hospital. A pesquisa aponta ainda que 7% dos usuários se queixam da falta de preparo dos funcionários, incluindo médicos, recepcionistas e enfermeiros. A falta de médicos especialistas também consta do rol de reclamações dos pacientes.
A nota média atribuída ao atendimento recebido no serviço privado de saúde foi de 8,5 -o serviço público recebeu nota média de 7,9.
Segundo Nilson Paschoa, secretário-adjunto da Saúde, o principal objetivo da pesquisa foi entender o que pensa e como pensa o usuário da saúde privada, para que a secretaria possa pensar em ações de melhoria do sistema público.
"Já trabalhamos com uma grande migração de pacientes das classes alta e média para o SUS. Antes isso era impensável. Com isso, aumenta a nossa obrigação, temos de redobrar os esforços, porque passamos a ser avaliados por um público muito mais exigente no que diz respeito à qualidade dos serviços oferecidos", diz Paschoa.

Superlotação
Hospitais das classes A e B de São Paulo, por exemplo, enfrentam superlotação dos leitos para internações. Instituições como o Albert Einstein e o Sírio-Libanês já registram, em alguns dias da semana, ocupação máxima, o que leva pacientes a enfrentarem longa espera no pronto-socorro ou a serem transferidos para outros hospitais. O Nove de Julho e o Samaritano também vivem situações semelhantes.
O médico Henrique Moraes Salvador Silva, presidente da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) foi procurado ontem pela Folha, mas não foi encontrado em seu consultório. Segundo a assessoria de imprensa da Anahp, apenas Silva estava autorizado a falar em nome da instituição.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Pediatria: Prematuro tem mais problema comportamental
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.