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Saúde + Ciência

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Butantan testa célula-tronco para implantes dentários

Material ajudaria na reconstrução de osso perdido após a queda do dente

Dois pacientes foram submetidos ao procedimento, ainda em caráter experimental

MARIANA VERSOLATO EDITORA-ASSISTENTE DE "CIÊNCIA+SAÚDE"

Pesquisadores do Instituto Butantan estão testando o uso de células-tronco retiradas da polpa de dentes de leite em pacientes que precisam de um implante dentário.

As células foram usadas para a recuperação de defeitos ósseos na cavidade bucal. O problema pode ocorrer após a perda de um dente --o osso que estava ao redor da raiz do dente vai se perdendo gradativamente.

Nesses casos, antes de colocar o implante (um parafuso, em geral de titânio) e o dente artificial, é necessário repor o osso perdido com enxerto --que pode ser feito com osso do paciente (retirado da mandíbula ou da bacia) ou de banco de osso humano.

Por enquanto, duas pessoas --de 68 e 45 anos-- foram submetidas à técnica experimental. Elas receberam um biomaterial à base de hidroxiapatita (o mesmo do esmalte do dente) e a injeção de células-tronco, retiradas de dentes de leite do neto e da filha dos voluntários.

A hidroxiapatita estimula o crescimento ósseo. As células-tronco aumentariam a velocidade dessa formação.

Segundo Camila Fávero de Oliveira, cirurgiã-dentista e pesquisadora do Laboratório de Genética do Instituto Butantan, as vantagens do uso das células-tronco seriam a maior rapidez para colocar o implante e o tempo menor de recuperação em relação ao procedimento com enxerto.

Hoje, o processo de cicatrização e reintegração óssea com enxertos pode levar seis meses ou mais. Um dos pacientes do teste já recebeu o implante cinco meses após a aplicação das células-tronco.

"A formação óssea tem maturidade maior em tempo inferior. E o osso é de maior qualidade, mais vascularizado e com maior quantidade de minerais", diz Oliveira.

Segundo ela, a resposta clínica do paciente também foi boa, com pouco inchaço.

A outra paciente recebeu as células-tronco em maio e ainda aguarda o implante.

A pesquisa, que é financiada pelo CNPq, pretende incluir outros 28 pacientes. Quem quiser se candidatar pode enviar e-mail para camilafaveroo@gmail.com. Um dos requisitos é que um filho ou parente do voluntário doe um dente de leite.


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