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Hospitais para classe alta investem R$ 1,2 bi no Rio

Grupo empresarial vai abrir complexo de R$ 750 milhões na Barra da Tijuca

Até 2017, outros dois hospitais voltados para clientes dos planos de saúde mais caros serão abertos na cidade

MARIANA SALLOWICZ DO RIO

Hospitais voltados para o público de renda alta, com serviços de hotelaria cinco estrelas e alta tecnologia, estão sendo alvo de investimentos que somarão R$ 1,2 bilhão em unidades a serem construídas ou reformadas até 2017.

Serão três novos empreendimentos com esse perfil --um deles um complexo hospitalar-- fora a expansão de outros dois.

"A ideia é conquistar moradores do Rio que, após anos sem investimentos em hospitais na cidade, foram buscar tratamento em outros locais, como São Paulo", afirma Marcus Vinicius Santos, diretor-executivo do Samaritano, hospital do grupo Esho, da operadora Amil.

As prioridades dos novos hospitais estarão nas áreas de cardiologia e oncologia. "São especialidades de extrema complexidade e cada vez mais demandadas com o envelhecimento da população", diz Carlos Vasques, diretor financeiro da Rede D'Or São Luiz, que vai inaugurar dois hospitais na cidade.

Para consolidar sua posição no mercado de alta renda, o grupo Esho investiu R$ 750 milhões em um complexo hospitalar na Barra da Tijuca (zona oeste).

A oncologia será uma das especialidades do Américas Medical City, que terá uma nova unidade do Samaritano e outro hospital, o Vitória.

Ao todo, serão 394 leitos (120 do Samaritano e 274 do Vitória), 252 consultórios e um centro de ensino e pesquisa. A inauguração está prevista para abril de 2014, mas alguns consultórios já estão em funcionamento. "O objetivo é torná-lo um centro de referência no tratamento do câncer", afirma Santos.

Para atrair médicos renomados, o complexo terá um clube exclusivo para eles, com academia de ginástica, duas quadras de tênis e banheiras de hidromassagem.

Além disso, alguns consultórios serão cedidos para profissionais selecionados --quantos e quem será contemplado ainda não foi definido.

Dos dois novos hospitais do Grupo D'Or São Luiz, o Copa Star já está em construção em Copacabana (zona sul), e o Barra Star, na zona oeste, ainda está em projeto.

Segundo Vasques, o Copa Star terá um aparelho de radioneurocirurgia de alta precisão. "Usado em cirurgia de tumor cerebral, permite que se destruam menos células não cancerígenas durante o procedimento", diz.

AMPLIAÇÃO

O grupo Esho também está ampliando e modernizando dois tradicionais hospitais da cidade. Serão gastos R$ 40 milhões até 2014. Desse total, metade vai para o Pró-Cardíaco e a outra parte para o Samaritano, ambos em Botafogo (zona sul).

O Samaritano foi comprado pelo grupo em 2011 por R$ 198 milhões. O número de leitos deve alcançar 120 no ano que vem --hoje são 97.

Já presente em hospitais privados de São Paulo, a cirurgia robótica é um dos destaques do Samaritano. Um equipamento com quatro braços de alta precisão transmite imagens em 3D para o cirurgião, que o controla por um joystick.

Na unidade, a ordem é primar pelo conforto do doente. Há 32 anos no hospital, a chefe da recepção, Maria Auxiliadora Frank, recebe os pacientes mais frequentes chamando pelo nome. "São gerações de famílias que frequentam o hospital", diz.

Nos quartos VIPs, os clientes são recebidos com cesta de frutas, roupão com nome bordado e água Perrier.

Já o Pró-Cardíaco, comprado um ano antes pelo Esho por R$ 100 milhões, passará de 101 para 150 leitos também em 2014. Em fevereiro deste ano, o hospital gastou R$ 5 milhões em uma sala híbrida, que permite que sejam realizadas duas cirurgias combinadas.


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