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'Guerras' são a principal causa de morte violenta entre chimpanzés

Estudo nega correlação entre violência e interferência humana

REINALDO JOSÉ LOPES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A semelhança entre seres humanos e chimpanzés inclui, pelo visto, até o apego pela guerra.

Uma análise de registros de mortes violentas entre os primos mais próximos do homem indica que dois terços delas ocorrem em conflitos entre bandos de chimpanzés.

O resultado, publicado na revista "Nature", tem como objetivo colocar fim a uma antiga polêmica. Embora haja abundância de observações de conflitos letais entre chimpanzés, alguns especialistas atribuíam essas mortes à interferência humana.

Segundo os defensores dessa ideia, o caso mais emblemático seria o dos chimpanzés de Gombe, na Tanzânia. A britânica Jane Goodall, pioneira no estudo dos bichos, costumava trazer bananas para os macacos. Havia quem dissesse que os conflitos entre os chimpanzés de Gombe estariam ligados à disputa por esse alimento.

Em outros lugares, o desmatamento seria a causa dos combates símios.

Para tirar a dúvida, a equipe liderada por Michael Wilson, da Universidade de Minnesota, mapeou mais de 150 mortes violentas dos grandes macacos. Os dados englobam 18 grupos de chimpanzés-comuns e quatro de bonobos ou chimpanzés-pigmeus.

O veredicto: não há correlação entre degradação ambiental ou "doações" de comida e índices de violência. Alguns dos grupos mais brigões são os que vivem em áreas quase intactas.

Os dados apontam outra semelhança com os conflitos humanos: em mais de 90% dos casos, são os machos que matam. E, em mais de 70% das ocorrências, as vítimas também são machos.


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