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Cardiologistas testam camiseta que monitora frequência cardíaca Roupa substitui o holter, aparelho levado na cintura pelo paciente CLÁUDIA COLLUCCIDE SÃO PAULO Uma camiseta "high tech", que faz eletrocardiograma, tem sido usada por serviços de saúde brasileiros em substituição ao holter, o dispositivo portátil que monitora a frequência cardíaca. A camiseta tem sensores que captam os sinais vitais da pessoa. Um gravador do tamanho de uma moeda, no bolso lateral do vestuário, registra os dados do exame. O monitoramento do ritmo cardíaco é feito por um sistema sem fios (bluetooth) por até 72 horas contínuas. O exame custa em média R$ 200. A camiseta tem sido usada também para acompanhar o desempenho de atletas em maratonas ou simplesmente em uma aula de spinning. Segundo a cardiologista Isa Bragança, especializada em medicina do esporte, a vantagem é o monitoramento no tempo real do exercício. "Isso permite que o clínico cruze dados da atividade do paciente com alterações na frequência cardíaca e episódios de arritmias, por exemplo", explica a médica. Outro diferencial da camisa, diz ela, é a praticidade. A pessoa poder fazer acompanhamento cardíaco sem carregar o holter na cintura. Um dos entraves para a popularização do vestuário entre os serviços de saúde, porém, é o seu custo: cerca de R$ 4.600 (cada kit completo). Outra questão que incomoda os pacientes é o modelo. "Camiseta preta de manga é muito quente", diz Isa. Para o cardiologista Enrique Pachón, do serviço de arritmias cardíacas do HCor (Hospital do Coração), a camiseta não tem vantagens. O serviço fez testes com ela em 2011, mas não a aprovou. Um das razões foi o fato de a pessoa ter de colar adesivos no corpo e se conectar aos eletrodos do vestuário para fazer o exame. A camiseta, lavada a cada uso, também desagradou os pacientes. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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