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São Paulo deverá incluir exercícios na prescrição médica

Médicos vão receber treinamento para recomendar atividade física aos pacientes

MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO

Um programa norte-americano que treina os médicos para que eles recomendem e prescrevam exercícios físicos a seus pacientes será lançado nesta quarta no Brasil.

O projeto "Exercise is Medicine" foi criado em 2007 pelo American College of Sports Medicine e pela American Medical Association e visa capacitar profissionais da área da saúde para a adição da atividade física aos tratamentos convencionais.

"Queremos que os profissionais entendam os benefícios da atividade física. A maioria ainda tem receio, acha que o paciente pode quebrar algo, ter um infarto, mas ele tem muito a ganhar com a inserção da atividade moderada no dia a dia", diz Sandra Mahecha Matsudo, médica e diretora-geral do Celafiscs (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul).

O centro é parceiro do American College of Sports Medicine há anos e foi o escolhido para liderar o "Exercise is Medicine" no Brasil.

RECEITA ESPECÍFICA

A ideia é que o médico aprenda a prescrever a atividade física para o paciente, de acordo com sua condição, e o indique para um profissional de educação física.

O programa americano tem "prescrições" de exercícios para diferentes doenças, como câncer, alzheimer, hipertensão e esclerose múltipla.

O projeto começará em São Paulo, numa parceria do Celafiscs com a Secretaria de Estado da Saúde e o apoio da Associação Médica Brasileira e da Associação Paulista de Medicina.

Nesta semana, 150 profissionais receberão treinamento, incluindo médicos, enfermeiros, educadores físicos e fisioterapeutas de 14 instituições -entre elas, Hospital das Clínicas da USP, hospital Albert Einstein, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e as sociedades brasileiras de diabetes e cardiologia.

O programa deve ter seu acesso ampliado para o Estado por meio de uma rede virtual de capacitação. No futuro, haverá também uma discussão com o Ministério da Saúde sobre como levar o curso para todo o país.

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