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Estudo vê erros ambientais em setor elétrico do Brasil

Desperdício e falta de apoio a fontes como eólica e solar são mazelas, afirma relatório

FERNANDO MORAES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Planejamento falho, muita energia desperdiçada nas linhas de transmissão e potencial eólico e solar menosprezados impedem que o setor elétrico do Brasil seja mais sustentável, afirma um relatório lançado ontem.

Feito por um coletivo de ONGs e membros da academia brasileira, o trabalho critica a política energética do país, amplamente baseada em grandes usinas hidrelétricas, e propõe alternativas.

"O estudo indica que é plenamente possível alcançar a segurança energética com uma política de eficiência e de expansão da oferta a partir das fontes alternativas, como eólica, biomassa e solar", diz Célio Bermann, professor do Instituto de Energia Elétrica da USP e autor de um dos artigos do relatório.

Mais de 70% da matriz brasileira é de fonte hidrelétrica, e o governo planeja a construção de dezenas de grandes e pequenas usinas nos próximos anos na Amazônia.

Segundo o levantamento, é simplista a ideia que a energia hidrelétrica é uma fonte de energia limpa. No complexo Belo Monte/Babaquara, no rio Xingu, seriam necessários até 41 anos para se chegar a um saldo positivo de emissões de gases-estufa.

É que, devido à flutuação no nível da água do rio, é esperada uma variação de 23 m no reservatório de Babaquara a cada ano. No nível mínimo, a vegetação herbácea cresceria no reservatório.

Quando o nível de água subisse, as plantas decompostas produziriam grandes quantidades de gases-estufa.

O estudo também critica as perdas de energia no sistema elétrico brasileiro -um desperdício de 15,4%.

O Ministério de Minas e Energia, por meio de sua assessoria, disse que as perdas de energia elétrica são elevadas devido às dimensões do país e à geração longe dos centros consumidores.


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