São Paulo, domingo, 01 de maio de 2011

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SEMANA DO LEITOR

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Gasto público
Não consigo entender essa visão econômica mais conservadora, que prega uma constante redução dos gastos públicos, como se essa medida fosse a panaceia para resolver todos os problemas da economia. Os conservadores sempre querem um Estado menor, defendendo que mais dinheiro nas mãos da iniciativa privada significa mais crescimento, mais empregos e menos inflação. Ora, foi o contínuo aumento do gasto público nos últimos anos que incentivou o crescimento, apesar da crise econômica mundial. Mais dinheiro nas mãos dos ricos não implica crescimento do país. Os ricos gastam mais no exterior, consumindo produtos importados e investindo seus excedentes no mercado financeiro, gerando lucro só para eles. Os gastos públicos vão para obras, compra de produtos e serviços internos, salários de funcionários, aposentados e pensionistas, recursos que são aplicados diretamente na economia nacional e impulsionam os mais diversos setores. E o resultado óbvio é o crescimento da receita em impostos. Não vejo, portanto, por que tanto preconceito com os gastos públicos.
MARCIUS AUN PATRIZI (Rio Claro, SP)

Nova Luz
Poucas vezes assistimos a uma enxurrada de recursos protelatórios tão grandes quanto a que assola o projeto de revitalização da cracolândia, na região central da capital paulista. O mais difícil de entender é como pode haver gente tão mesquinha que, no lugar do Projeto Nova Luz, prefere todas as misérias que as drogas ocasionam, afetando pessoas, famílias e a sociedade de um modo geral.
HELLI DOS SANTOS OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Grafite
Infelizmente, sou obrigada a discordar do texto ""Arte" compulsória", de Ruy Castro (Opinião, 27/4), sobre o grafite. A cidade já é, por si só, uma obra, um cenário em gestação, de autoria dos governantes que, com o passar dos anos, escolhem e constroem monumentos, obras arquitetônicas e artísticas em prol do projeto de geração de memórias e imagens para seus povos. Essa representação não é necessariamente a expressão pública, crítica e política da população que reside nas cidades. A representação oficial poucas vezes coincide com o desejo de representação popular e dificilmente contempla a forma como o povo desejaria se ver representado em sua própria cidade. Se o senhor não quer "ser obrigado a consumir arte", veja se alguém quer consumir propaganda no espaço público? E fatos históricos mal contados em monumentos?
EDUARDA RIBEIRO (Rio de Janeiro, RJ)


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