Saúde pública
Fiquei indignada ao ler a reportagem "Em hospital de Sorocaba, alunos de medicina conduzem atendimento" (Cotidiano, 24/6).
Penso ser papel dos meios de comunicação apontar problemas. Concordo que existem muitas falhas no Hospital de Sorocaba e que um escândalo como o ocorrido recentemente joga a atenção para esses problemas reais. Discordo, entretanto, da abordagem feita na referida reportagem.
Sou residente na pediatria do hospital e posso dar o meu testemunho de que as afirmações sobre alunos conduzirem o serviço sozinhos são exageradas.
O Hospital de Sorocaba é um hospital-escola e tem alunos e residentes fazendo atendimentos, o que é essencial para o aprendizado e a formação de bons médicos. Tal atendimento, porém, não é feito sem a devida supervisão.
Durante os seis anos em que passei por lá fui supervisionada, e isso não mudou na residência.
Nenhuma conduta é tomada sem a orientação de meus supervisores, e os tenho sempre disponíveis para dúvidas e esclarecimentos.
ANA LUIZA R. CHAVES DE OLIVEIRA (Sorocaba, SP)

Ambiente
O desmate amazônico para plantio de soja pode ser um bom negocio a curto ou a médio prazo, mas a longo prazo sabemos que é um péssimo negócio.
A curto prazo, com a exportação da soja bruta, o governo pode fazer vista grossa para o desmate.
É uma maneira fácil de arrecadar tributos a partir da venda de produtos agrícolas para o exterior.
Para exportar produtos manufaturados, entretanto, o governo precisaria investir muito em educação e em indústrias de transformação. Mas tal investimento só dá resultado a longo prazo.
MARCO AURELIO FORTES (Belo Horizonte, MG)

Cabral
Enquanto o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), promove essa verdadeira farra de "renúncia fiscal", falta dinheiro para dar salário digno aos bombeiros ("Renúncias fiscais de Cabral vão de boate a cabeleireiro", Poder, 27/6). Isso é um acinte aos contribuintes brasileiros, que estão cansados de ver seus impostos malbaratados por políticos demagogos e irresponsáveis.
HONNEUR MONÇÃO (Brasília, DF)

Polêmica
A deputada estadual Myrian Rios (PDT-RJ) diz que não contrataria uma babá lésbica nem um motorista homossexual. Ela tem todo o direito de não ir com a cara de um candidato a trabalho. Mas, deputada, homossexuais não saem atacando as pessoas.
ROBERTO MOREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)


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