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SEMANA DO LEITOR
leitor@uol.com.br
Marcelo Sayão/EFE
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Garoto chora na praia de Copacabana após a derrota da seleção para a Holanda, pelas quartas de final
Lista aberta
Tenho algumas perguntas para
os defensores da lista aberta: "Em
quem você votou para deputado
nas últimas eleições?"; "Seu candidato foi eleito?"; "Seu voto ajudou a eleger qual candidato?";
"Que projetos seu candidato apresentou?"; "Seu candidato votou
sempre seguindo a orientação do
partido ou teve opinião própria?".
VALTER T. YOSHIDA JÚNIOR (São Paulo, SP)
Patriotismo
Após a derrota do Brasil na sexta, com o silêncio que se fez, sem
as vuvuzelas e os rojões (que alívio!), pude apreciar mais os detalhes e fiquei observando os enfeites nacionalistas nas lojas, tudo
verde e amarelo. Foi quando constatei que os feriados nacionais
(como Tiradentes, Independência,
República), nos quais a maioria
das pessoas nem sabe o que se comemora, são apenas feriados: não
se vê um enfeite nas lojas, nada
que lembre estas datas e a pátria.
Fica então a certeza que os brasileiros são "patriotas" apenas de
quatro em quatro anos e enquanto
houver jogos da seleção. Estranho
este conceito de pátria.
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)
O mesmo
Estamos diante de mais uma
campanha eleitoral e, pelo que se
vê, teremos o mesmo do passado.
Os candidatos ainda não apresentaram nada de especial. Continuamos vendo as mesmas discussões de sempre: dossiês, escândalos, conchavos políticos etc. Não
há nada de valor.
Nenhum dos candidatos foi
questionado sobre valores cristãos, éticos, de valorização da família e do trabalho, bem como do
senso comum de respeito à vida e
ao coletivo. Continuamos a ser governados, legislados e judiciados
pelo que há de pior.
ANDRÉ LUIS DE OLIVEIRA COUTINHO (Campinas, SP)
Tecnologia
É lamentável que, no século 21,
a Fifa ainda esteja dormindo no
que se refere às benesses que a
tecnologia pode nos oferecer.
É uma irresponsabilidade deixar equipes e milhões de torcedores à mercê de trios de arbitragem
que muitas vezes são prejudicados pela rapidez e dificuldade de
visão dos lances. Ficam assim sem
capacidade de julgar e são pressionados após a constatação irrefutável, via vídeos, de seus erros.
Os transmissores que o trio usa
deveriam estar ligados a uma central de vídeo para que lhes fosse
transmitida, em segundos, a veracidade de um lance. Haveria um
julgamento justo.
SEVERINO FERREIRA DE LIMA (São José dos Campos, SP)
BRASIL 1
HOLANDA 2
Fora da Copa
Ao menos um aspecto positivo na eliminação do Brasil na
Copa do Mundo: a indústria da
cerveja quis lucrar em cima da
seleção, associando-se ao treinador e ao principal atacante da
equipe. Perdeu.
JAIRO EDWARD DE LUCA (São Paulo, SP)
Reflitamos sobre os 69% de
aprovação a Dunga e os 78% a
Lula. Quanto a Dunga, quase
chegamos à semifinal. Já com
Lula, não passamos nem da fase
de classificação. Será que um
dia seremos campeões na educação, na saúde, nas estradas,
na honestidade?
LUIZ EDUARDO HORTA (Campinas, SP)
Fico preocupada com Dunga
após a derrota do Brasil. Viajei a
seu lado recentemente e fiquei
encantada com o ser humano
que a imprensa está longe de
noticiar. Ao ver que eu ia para
uma banca sobre abuso sexual
infantil, revelou conhecimento
acima da média sobre os efeitos
nocivos disso. Falou sobre sua
ONG para crianças carentes e revelou conhecimento de causa ao
narrar os desafios de ter que denunciar o abuso de crianças à
rede de proteção. Falou sobre
seu trabalho voluntário em hospitais e asilos e com carinho sobre jogadores, comentando a dificuldade de alguns que saíram
de condições de risco rumo aos
holofotes e ao dinheiro fácil.
Nossa imprensa não revela a
complexidade de um homem
que parece ser autêntico.
LÚCIA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE WILLIAMS, Laboratório de Análise e Prevenção da
Violência da UFSCar (São Carlos, SP)
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