São Paulo, domingo, 06 de dezembro de 2009 |
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leitor@uol.com.br Igreja Heliocêntrica "Com a reportagem "Bastam R$ 418 para criar igreja e se livrar de imposto" (Brasil, 29/ 11), a Folha me deixou em dúvida: devo insistir em abrir uma pequena empresa, pagando impostos e taxas sem fim, além de ser vigiado perenemente pelo "Grande Irmão" do Fisco, ou abro uma igrejinha, tiro o pé da lama e, arregimentando um bom número de seguidores, me candidato a um cargo eletivo com suas inumeráveis benesses pagas pelo contribuinte?" CARLOS BRUNI FERNANDES (São Paulo, SP)
"Magnífico o texto sobre a Igreja Heliocêntrica, do sumo sacerdote Hélio Schwartsman e dos bispos Claudio Angelo e Rafael Garcia. Pena que esse excepcional trabalho, cheio de sutileza e ironia, não tenha sido devidamente apreciado e repercutido. Ele denuncia com sarcasmo bem temperado as falhas da legislação e aponta o caminho percorrido pelos exploradores da fé em benefício próprio aqui mesmo na Terra. Acho que Hélio Schwartsman deve seguir em frente com a ideia e pregar o EvangÉlio em louvor ao Deus Hélio, que dará a redenção aos fiéis -e, claro, deve passar a sacola para recolher o trigízimo, que muita gente pagará à espera do paraíso quentinho lá no Sol." JOSUÉ MACHADO (São Paulo, SP)
"A reportagem sobre a Igreja Heliocêntrica escancara as facilidades existentes para evitar a tributação brasileira. Aparentemente, tudo bem, mas o que se está sugerindo? Que se aumente a burocracia existente para a criação de igrejas? E como ficam os religiosos de fato, que têm direito a essas isenções de impostos? A se deixar levar por esse raciocínio, teremos consequências caracteristicamente brasileiras, como: a igreja só poderá ser formalmente constituída após avaliação dos técnicos do Instituto Federal de Igrejas (IFI); cada igreja formalmente constituída no país deverá submeter semanalmente um relatório de atividades para poder continuar a usufruir da isenção fiscal; os sacerdotes devem possuir diploma concedido pelo IFI para exercer tal função, após anos de intensivos cursos. Quem já morou no exterior entende o que se está argumentando: "Como é fácil andar de metrô aqui sem pagar'; "Seria muito simples roubar qualquer item daquela loja, não tem nenhuma segurança!". O Brasil só é pensado para os que têm má-fé. A reportagem do domingo infelizmente corrobora essa tese." ANDRÉ FILGUEIRAS DE ARAÚJO (Campinas, SP)
"Oportuna e jornalisticamente correta a "fundação" de uma igreja para mostrar como a legislação pode ser usada para fraudes e fins escusos. Qualquer investigação séria pegaria facilmente todos os podres, pois a certeza da impunidade é tão grande que os rastros estão à luz do dia. A lei concede isenções e privilégios aos cultos com um objetivo. Qualquer desvio disso é crime. E o problema é que tais "religiões", que antes financiavam campanhas políticas, agora estão assumindo diretamente cadeiras nos parlamentos e contam com partidos políticos. Assim, abafam quaisquer tentativas de apuração e ainda trabalham para atualizar sempre suas prerrogativas legais." PAULO ARAÚJO (Belo Horizonte, MG)
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