São Paulo, domingo, 07 de fevereiro de 2010 |
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Semana do Leitor leitor@uol.com.br
Educação "Nos anos 60, o São Paulo, pretendendo reforçar o time, contratou Zizinho, do Bangu, jogador veterano e dos mais considerados à época. Feita a transação, ficou acertado o salário, bem maior que dos outros titulares. Procurou-se manter segredo sobre o valor. Mas trair a mulher e manter arranjos escusos em segredo nunca dá certo. Assim foi com o Zizinho. Os outros jogadores ficaram irritados com a diferença de salário e em toda oportunidade passavam a bola para o infeliz Zizinho, pois, se ganhava mais, deveria carregar o time nas costas. Assim também o diferencial de salário no magistério, além de inócuo, é motivo de discórdia e não atende ao que se propõe. E todo tratamento diferenciado é perverso e ineficaz. E o que aconteceu com o adicional de local de difícil acesso? Fixou o professor em escolas distantes? Não. E as gratificações especiais do Escola Padrão, deram em quê? Houve efetiva melhora na educação pública? Efetivamente não. Ao menos assim avaliou o governo do PSDB que se instalou em seguida. Caso contrário, o projeto Escola Padrão não teria sido extinto na gestão Covas. Enquanto os salários continuarem baixos, o professor continuará se desdobrando em vários empregos." SEVERIANO GARCIA NETO, diretor, primeiro vice-presidente do Sindicato de Supervisores do Magistério no Estado de São Paulo e diretor de Assuntos de Servidores Estaduais da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
"Ao ler o artigo de Maria Izabel Azevedo Noronha ("Tendência/Debates", 2/2), fiquei com a impressão de que ela não entende a realidade da educação pública. Sendo educadora, deveria, em vez de criticar as avaliações e defender uma ideia corporativista, considerar que o professor é o principal agente do processo de ensino-aprendizagem e precisa, portanto, ser constantemente avaliado e incentivado a melhorar, com metas e uma carreira que lhe permita progredir. Em minha opinião, desta vez o governo do Estado acertou o prumo e está no caminho certo." ELIZABETH CORDELICCIO (São Paulo, SP)
"O leitor Antonio Carlos Garcia ("Painel do Leitor", 2/2) sugere à Folha que a mesma reportagem feita no Rio seja feita em São Paulo. Para quê? Será perda de tempo. A situação aqui é muito parecida. Há falta de professores, professores e alunos desmotivados, desgaste, enfrentamento... Tudo misturado a bons professores e alunos interessados. É preciso reconstruir a educação. Mas essa reconstrução não é mágica, não trará resultados imediatos. Será preciso muito trabalho e planejamento adequado. Avaliar professores e dizer que quase a metade não tem condições de lecionar é necessário, mas insuficiente. É preciso saber o que fazer para que eles tenham um desempenho melhor. E é preciso fazer com que o aluno tenha a certeza de que a escola é importante para ele." BAHIGE FADEL, supervisor de ensino aposentado (Botucatu, SP)
Igreja e democracia
"Quando o presidente do TJ-RJ mandou retirar o crucifixo das salas de audiências, um desembargador fez este comentário: "Imagine-se que um político ateu seja eleito prefeito da cidade. Poderia, em nome do Estado laico, mandar derrubar o Cristo Redentor? E a avenida Nossa Senhora de Copacabana, a rua São Bento, os bairros de Santa Teresa e São Cristóvão e a rua Allan Kardec? E, com seu prestígio, o prefeito aliciaria os governos de São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo...". No caso dos crucifixos, o ex-presidente do TJ-RJ desembargador Paulo Dourado lembra que a presença do Cristo nos tribunais é um símbolo do grande injustiçado, como advertência a todos os juízes." ALYRIO CAVALLIERI, desembargador aposentado (São Paulo, SP)
Ambiente
Correr na USP
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