São Paulo, domingo, 11 de setembro de 2011

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CARTAS

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Juros
Está de parabéns a equipe de técnicos do Banco Central. Em vez de "correr atrás dos fatos", adotou uma conduta bastante corajosa, antecipando acertadamente a deterioração do cenário econômico externo e reduzindo a taxa Selic em 0,5 ponto percentual. Tudo isso a contragosto do mercado e do "consenso dos especialistas", salvo raras exceções.
Trabalhei no mercado financeiro por 17 anos e digo que o que mais enfureceu seus agentes foi o fato de o Banco Central ter "apostado em um cenário", o que impediu que tais "experts" de tesourarias de bancos e de fundos de hedge fizessem suas apostas no mercado "pré-fixado" de taxa de juros e enchessem as burras com as quedas da taxa Selic lá na frente, como de habitual. Esse dinheiro ficou para o BC, e em última análise, para o contribuinte brasileiro.
Já passa da hora de haver um rearranjo de poder entre o mercado financeiro e os agentes da economia real no que se refere a tomadas de decisões na política econômica. Esta última, apesar de ser muito mais expressiva do que o onipresente mercado -de acordo com o critério de "valor de mercado" nas Bolsas, entre as sete empresas mais valiosas do mundo, não há nenhum banco-, vê-se obrigada a seguir o mantra dos grandes conglomerados financeiros e das agências de risco.
Na China, que em dez anos se tornará certamente a maior economia do planeta, a coisa já funciona de maneira diferente faz muito tempo. Lá, o mercado dança conforme a música.
Acertaram o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e os integrantes do Copom (Comitê de Política Monetária).
PEDRO G. R. MARCONDES
(São Paulo, SP)


Chuvas
O Estado de Santa Catarina pode ser chamado de "o vale das enchentes", pois as chuvas chegam e alagam tudo. Ruas se transformam em rios, comunidades ribeirinhas, em lagos, e das casas só ficam à vista os telhados. A perda material é total. Mesmo assim, as pessoas continuam morando em áreas de risco, e nenhuma providência é tomada.
Muitas cidades carecem de cuidados especiais para evitar que as enchentes causem problemas todos os anos, como se fosse uma chaga maligna. A tendência de ocorrer enchentes é cada vez maior e, se não forem tomadas medidas acertadas, várias cidades ficarão seriamente comprometidas. As áreas habitadas devem ser planejadas para evitar que as enchentes causem sofrimentos todos os anos.
PAULO HIRANO (Curitiba, PR)


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