São Paulo, domingo, 14 de agosto de 2011

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SEMANA DO LEITOR

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Urbanismo
A respeito da reportagem "Pegue sua mudinha" (revista sãopaulo, 31/7), ao apresentar o programa da Prefeitura de São Paulo, no qual cada cidadão tem direito a uma muda de árvore, a Folha nos expõe, sem observação crítica, a uma ação que, a meu ver, é bastante grave. Explico:
Quando a prefeitura dá ao cidadão uma muda permitindo e estimulando que ele a plante dentro do seu terreno, parece que estamos diante de uma conduta legítima. Mas quando a prefeitura estimula que o cidadão plante uma muda na rua, ela está, na verdade, eximindo-se da sua responsabilidade com as vias públicas. É esperado que haja um departamento que responda pelo paisagismo das vias.
A prefeitura não pode "terceirizar" suas atividades para cidadãos leigos, sem visão global das ruas e da paisagem. O resultado disso são nossas vias abandonadas, com árvores deformadas pelo eterno conflito árvores versus fiação.
Daqui a pouco receberemos um "kit cimento" para taparmos buracos nas calçadas, asfalto etc. Não posso admitir que a Folha não consiga ter uma visão mais crítica a respeito de atitudes como essa.
A prefeitura não tem capacidade administrativa para plantar árvores no centro e agora vão os cidadãos, cheios de boa vontade, "fazer a sua parte". Não, não é assim que se faz uma cidade decente.
FÁBIO GOLDFARB (São Paulo, SP)

Golfe dos juízes
Imaginar que os juízes teriam sua isenção comprometida pelo patrocínio de um torneio de golfe ("Advogados patrocinam golfe de juízes", Poder, 10/8) seria o mesmo que imaginar que a Folha teria suas opiniões e reportagens influenciadas pela publicidade de seus anunciantes. Nada a ver.
JORGE ALBERTO QUADROS DE CARVALHO SILVA (São Paulo, SP)

Crack
Mesmo me esforçando para crer nas boas intenções dos partidários de internações compulsórias para viciados em crack, aponto duas falhas graves em tal pensamento: primeiramente, não se pode, a priori, estabelecer quem é ou não viciado apenas de vista. Para isso, é necessário uma prévia internação forçada para verificar se é ou não viciado.
Em segundo lugar, seria muito mais eficaz se o governo providenciasse instalações adequadas para um apoio social, com equipes completas de profissionais de diversas áreas (assistente social, psicólogo etc.) em locais reconhecidos como pontos de consumo, em vez de tirar da frente dos olhos esse problema.
Mas não se faz isso nem com nossas crianças, muito menos com adultos.
WADY ISSA FERNANDES (São Paulo, SP)


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