São Paulo, domingo, 18 de abril de 2010 |
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"O doutor Olinto Pegoraro lançou luz, ao menos para mim, sobre a crescente dificuldade de o católico moderno, ético e com capacidade crítica manter-se alinhado com a igreja. Só lhe resta, com frequência crescente, traçar os seus próprios limites, desconsiderando aqueles estabelecidos pelo anacronismo da igreja. Ao proteger seus pedófilos, quantos de seus pequenos fiéis a igreja prejudicou profunda e permanentemente? Gostaria que a Folha pesquisasse os argumentos do atual papa quando, anos atrás, colocou os "interesses da igreja" acima dos interesses de crianças indefesas. A igreja é formada por homens, que, como tais, irremediavelmente falham. O que será necessário para que esses homens tenham humildade para assumir a falibilidade do papa e da igreja e rever dogmas arcaicos, por eles mesmos criados, como são os casos do celibato e da proibição do sacerdócio à mulher? Se são Pedro foi casado e tão bem desempenhou seu papel junto à igreja, qual a justificativa para que outros homens e mulheres não possam fazê-lo?" MARCELLO LUPORINI (Atibaia SP)
"Muita gente diz que padre tem que casar para não ser pedófilo. Só que casamento também não é coisa para gente doente. Infelizmente, padres que não têm uma vocação pura de amor a Deus e ao próximo se escondem na igreja, mas muitos desses também se escondem no casamento. Os crimes em Luziânia mostram que criminosos há em todo lugar e que a Justiça -não foi a igreja!- só fez asneiras ao tratar daquele caso." ROZANE MATOS CARNEIRO (São Paulo, SP)
Progressão de pena
História
Voto de presos "Admitir que somente uma parcela dos prisioneiros processuais pode exercer o direito de voto -o que, a meu ver, lhes foi garantido com muito atraso- é descumprir a resolução do TSE e agredir o princípio da igualdade, que manda dispensar tratamento igual a pessoas iguais e em circunstâncias iguais ("SP não fará eleição na maior parte das prisões provisórias", Brasil, 16/4). Os agentes públicos devem proporcionar as soluções adequadas para os problemas operacionais, de segurança e demais que existam. Unidades prisionais de alto risco devem receber segurança máxima nas eleições. E o argumento de que esse voto pode ser objeto de pressão criminosa não vale apenas para os presídios." AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)
"O TSE determinou que sejam instaladas seções eleitorais especiais em unidades de internação de adolescentes. Estamos diante de um paradoxo, pois tais menores, considerados irresponsáveis perante a lei penal, são plenamente capacitados para eleger nossos representantes. Assim se aperfeiçoa o sistema democrático!" ARSONVAL MAZZUCCO MUNIZ , advogado (São Paulo, SP)
"Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, procurador regional eleitoral de São Paulo, afirma que o Estado não pode descumprir a lei e impedir o voto aos presos provisórios, remetendo à análise de artigos constitucionais e ao argumento de que o crime organizado não teria ali um expressivo ganho de votos. Concordo com ele e vou além. Para que o voto seja efetivo, o TRE deve também propiciar propaganda eleitoral aos presos provisórios. E, já que se trata de assunto de logística, de responsabilidade do TRE, por que não desenvolver logística para o voto em trânsito? Quantos cidadãos, por razões de rotina, trabalho, férias, lazer ou transferência domiciliar extemporânea, não deixam de votar em seus candidatos por ausência do domicílio eleitoral? Certamente essa população é maior do que a encarcerada provisoriamente. Um Estado que se arvora em exportador e em modelo internacional de eficiência em tecnologia eleitoral certamente pode corrigir essa distorção, sob pena de essa distorção se constituir anomalia. O acesso ao voto deve ser garantido não só àqueles que estão à disposição da Justiça mas também aos que trabalham para manter todo o sistema." EDUARDO MUZZOLON (São Paulo, SP) Índice |
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