São Paulo, domingo, 18 de julho de 2010

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Semana do Leitor

leitor@uol.com.br

Trem-bala
Não que se defenda o atraso e o distanciamento das tecnologias de ponta. Pelo contrário. O que não se entende é por que não se constrói, como um "laboratório", o TAV, por exemplo, entre Campinas e São Paulo, rapidamente, já para 2014, com custos infinitamente menores.
Depois, entre Campinas e Ribeirão Preto, para se habituar com a tecnologia e porque a topografia é mais favorável para, posteriormente, já com familiaridade com a tecnologia, começar o projeto, bem planejado, entre São Paulo e Rio, e tantas outras regiões com topografias desfavoráveis para esse tipo de obra. Mais ainda: como termos um TAV sem que tenhamos uma malha ferroviária nacional decente que permita, por exemplo, o escoamento da soja do Mato Grosso para o mar com rapidez, eficiência e baixo custo?
ARY BRAGA PACHECO FILHO (Brasília, DF)

Copa do Mundo
Confundir patriotismo com patriotada faz parte de uma apatia generalizada comum às torcidas pela seleção brasileira de quatro em quatro anos. Abominar países cujas seleções despacham os brasileiros de volta pra casa, torcendo contra as mesmas na sequência da competição, constitui revolta descabida.
ROBERTO DE FARIA ROCHA (Guaratinguetá, SP)

 

Por favor, parem de desrespeitar a memória do grande Chico Xavier chamando o horrendo símbolo da Copa de 2014 com o seu nome. Chico dedicou sua vida à caridade e ao consolo dos aflitos. Seus livros geraram milhões, dos quais ele nunca usufruiu, destinando tudo a obras sociais. Que tal passar a chamar esse símbolo de "Mão na Bola"?
JORGE ALBERTO DE OLIVEIRA MARUM (Piedade, SP)

CORRIDA
ELEITORAL

Lula Marques - 9.jun.10/Folhapress
Petistas e peemedebistas encontram Dilma Rousseff, então pré-candidata do PT à Presidência, em Brasília

Situação
A Folha publicou, em Poder (13/7), uma foto em que aparecem, além da candidata do PT à Presidência, 12 políticos da situação. Todos com fisionomia triste, como a pensar: "Por que não eu, e sim uma desconhecida de nós?"
DOUGLAS JORGE (São Paulo, SP)

CASO
BRUNO


jun.2008 - "O Tempo"/Folhapress
Marcos A. dos Santos, acusado de matar Eliza Samudio, treina policiais

Conivência
Que o envolvimento do ex-policial do grupo especial da policia mineira na morte da jovem Eliza sirva de alerta para os órgãos de controle do Estado, principalmente o Ministério Público e os setores organizados da sociedade, como a OAB, representações de direitos humanos, a igreja e a mídia, que têm grande influência na opinião pública e no processo legislativo.
É contraditório ver esses organismos lutarem pela revogação da lei da anistia e ao mesmo tempo tolerarem que esses grupos atuem à margem da lei, praticando torturas, homicídios, invasões de domicílio e a violência em geral, tudo em nome do suposto combate à marginalidade.
Graças ao apoio do noticiário, eles acabam contando com a simpatia popular e a conivência daqueles que deveriam fiscalizá-los, atuando como força paralela e descontrolada no Estado de Direito, livres para agir, ainda que fora da lei.
JOEL GERALDO COIMBRA (Maringá, PR)

Igualdade racial
A escravidão foi retirada da legislação brasileira há pouco mais de um século. Muitos brasileiros convivemos com avós ou bisavós que eram da época da escravatura e tinham padrões culturais daquele tempo. Não é de estranhar que, ainda hoje, haja resquícios de preconceito em nossa sociedade. Entre nossos filhos, o preconceito é bem menor, e a redução do preconceito é uma tendência incontestável (nossos filhos convivem normalmente com pessoas de qualquer cor de pele e têm menos preconceitos quanto a opção sexual, padrões de vida etc.). A redução do preconceito não precisou de lei, só do tempo, e o tempo não se acelera por lei. Com essa redução vêm oportunidades de trabalho e conquista de posições.
Como Yvonne Maggie ("Uma lei para dividir a nação", "Tendências/Debates", 8/7), sou a favor de ações afirmativas que visem reduzir a pobreza e as iniquidades. O racismo foi lei e há quem defenda outra lei para compensar. Mas é absurdo inserir, num texto legal, critérios raciais. Terá efeito contrário. E, como nunca antes neste país, um presidente da República terá sancionado uma lei racista.
HENRIQUE CÉSAR DE CONTI (Brasília, DF)






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