São Paulo, domingo, 19 de julho de 2009 |
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Semana do Leitor leitor@uol.com.br Educação "Acredito que um dos problemas da educação no Brasil seja a remuneração indigna que recebem os professores na maioria das escolas. Mas não podemos nos esquecer do problema da violência e da depredação do patrimônio público pela própria comunidade. Pais, alunos e professores deveriam fazer da escola um lugar sagrado, onde o saber é ensinado e aprendido. A escola pública não forma os alunos para a realidade do mundo das informações e qualquer canal de TV informa com mais qualidade que o quadro-negro e o desmotivado professor. Depois de melhorar os salários, deveríamos fazer campanhas para a inserção da comunidade na escola." PAULO ROBERTO G. LESSA (Fortaleza, CE)
"Concordo em parte com as informações da reportagem "País tem 11,5% de crianças analfabetas" (Cotidiano, 12/7). É verdade que uma criança que não esteja alfabetizada com oito ou nove anos apresenta muita dificuldade na apreensão de conteúdos das séries posteriores. O que peço é uma reflexão antes de vincular a pobreza ao mau desempenho. Na minha prática, em escolas públicas e particulares, observei crianças com situação socioeconômica desfavorável e com rendimento escolar muito bom. Na reunião de pais, a cobrança da comunidade escolar também tem aumentado sensivelmente." PATRÍCIA RODRIGUES RUIZ , professora (Cândido Mota, SP)
"Há uma falsa impressão de que o mundo contemporâneo proporciona muitas vantagens. Bens e serviços estão muito mais acessíveis, mas o emprego e justos salários não acompanharam tais facilidades. Inovações e desvantagens empregatícias são uma constante, afrontando, diretamente, as eventuais propostas de ensino e de aprendizagem no Brasil. Não admitimos que a escola seja refém das forças intransigentes do mercado de trabalho. Ora, ensinar por ensinar, fundamentado em princípios especulativos, utópicos ou metafísicos, ilegitima a instituição escolar. Sabemos que o aumento do número de matriculados no ensino médio está condicionado a uma busca permanente de aperfeiçoamento, sem o qual o emprego não é mais possível. A escola deve adequar seus componentes curriculares a tal reivindicação, não como fim do processo pedagógico, mas como um meio, visto que educar, desvinculando-se da realidade existencial e histórica, é projetar para o mundo social um sujeito inapto para o mercado e para a existência social compartilhada." BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA, professor (Sumaré, SP)
Homossexuais
"Minha dificuldade é entender a intolerância dos ativistas gays e seus defensores quando diante da possibilidade do desejo daqueles que vivem os conflitos internos, às vezes crônicos e agudos, que, além de não oferecer respostas às demandas emocionais próprias, nem sequer podem desejar buscar um reordenamento pulsional de sua sexualidade, num processo saudável de revisão de vida. O que efetivamente se teme? O suposto preconceito ou as respostas que podem ser encontradas na busca da identidade pessoal, do senso particular, numa manifestação de liberdade tão desejada por todos?" HILDER C. STUTZ (São Paulo, SP)
Política
"Que coisa mais hipócrita essa reação dos senadores sobre a declaração do Lula, "todos eles são bons pizzaiolos". Ora, quem afirmou que a CPI produziria uma pizza, e ainda temperada com pré-sal, foi a oposição. Se um parlamentar diz isso, por que razão se ofende com a resposta do presidente? Se a gente tiver de ser sincero mesmo, precisa usar adjetivos um pouco mais desabonadores para classificar os senadores, não é mesmo? Eu, se os impostos que pago me dessem algum poder, demitiria todos eles, porque têm salários muito altos e não fui chamada para aprovar o aumento que eles mesmos determinaram; porque gastam uma fortuna com assessores, funcionários, mordomias e privilégios, imorais, antiéticos e escandalosos; porque, embora sejam apenas 81, dispõem de 10 mil auxiliares, para, no fim das contas, produzirem poucos benefícios para o país. Para dizer a verdade, não sei o que eles produzem, além de despesas." AURA REJANE GOMES (Mairiporã, SP)
"Os políticos são empregados temporários com procuração por prazo determinado para defender os interesses dos patrões, e não legislar em causa própria. Não ligam para a opinião pública? Nas eleições verão que os patrões não são os idiotas que pensam que são." EDWIN HAYASHI (São Paulo, SP) Índice |
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