São Paulo, domingo, 21 de novembro de 2010

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SEMANA DO LEITOR

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Gordos
Sobre o texto "Maioria não casaria com gordo" (5/11), digo que nasci gordo, cresci gordo e hoje, aos 57, sou gordo. Casado há 33 anos, pertenço a uma classe minoritária? Ou minha esposa teve mau gosto ao me "escolher"? Entendo que o artigo, da forma como foi apresentado, é extremamente preconceituoso, dando vazão a pensamentos racistas. Tenho consciência de que a obesidade provoca uma série de restrições, entre elas o encurtamento da expectativa de vida. Mas qual é a solução quando não se consegue emagrecer? Matar-se para evitar custos ao sistema de saúde? Acho que os autores da pesquisa poderiam ter utilizado todo o potencial do HCor para pesquisar outras coisas de relevância em vez de apresentarem algo tão baixo e preconceituoso. Vivi exatamente as mesmas coisas que o cidadão entrevistado no artigo, e todas elas me são de agradável lembrança. Aliás, comecei a namorar minha mulher num bailinho. E no cursinho pré-universitário meus amigos me chamavam de próton, a parte mais pesada do átomo. E daí? Não me matei por causa disso nem sou infeliz.
RODOLPHO WILMERS (São Paulo, SP)

Violência na Paulista
É chocante ver cena tão cruel de ataque contra jovens. Os meninos, na hora do ódio, precisam ter controle sobre eles mesmos. Nem deram ao outro chance de defesa. Disseram que levaram uma "cantada". E daí? Quando saímos de casa é para enfrentarmos tudo, ou não? A justificativa não os deixa mais ou menos inocentes diante de sua brutalidade. Em seu pouco tempo de vida, ainda não aprenderam os valores do respeito ao outro.
TEREZINHA DIAS ROCHA (São Paulo, SP)

Padrão
Textos na Folha de 15/11. A reportagem "Após oito anos, irmãos de Lula mantêm vida modesta" traz no quarto parágrafo: "Primeiro falou na apertada sala (5 m2), decorada com móveis tipo Casa Bahia, azulejo barato, uma TV grande e três quadros". O jornalista descrevia a casa de Vavá. Na Ilustrada, o texto era sobre pobres no cinema: "Toda terça eles fazem tudo sempre igual. Acumulam-se no saguão, compram um pacote pequeno de pipoca e não deixam lugar vazio". E a coluna de Luiz Felipe Pondé: "Detesto aeroportos e classes sociais recém-chegadas a aeroportos, com sua alegria de praças de alimentação". Parece um padrão. O "Manual" ensina estereotipagem? Tudo parece um ethos do jornal. Estará o jornal escrevendo só a moradores de Higienópolis?
UMBERTO PESSOTO (Presidente Prudente, SP)



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