São Paulo, domingo, 25 de outubro de 2009 |
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Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro Violência e drogas "Há quatro anos, o Rio tinha 560 favelas; hoje são mais de mil. O bom senso e a razoabilidade nos mostram que é impossível fazer segurança pública neste cenário de desorganização, sujeira e criminalidade. A questão da violência no Rio não é de polícia, mas de desgoverno. A violência não vai terminar enquanto os cidadãos continuarem vivendo como porcos, amontoados em aglomerados, sem estrutura e de forma desumana." JOSÉ APARECIDO RIBEIRO ex-presidente do Conselho de Segurança Pública de MG (Belo Horizonte, MG)
"Muitas pessoas demonstram indignação com os consumidores de drogas diante das tragédias do narcotráfico. Pois indignação deveriam sentir em relação ao fato de que as políticas de proibição de drogas ainda são mantidas mesmo após 50 anos de contínuos fracassos. Em 50 anos de proibição, a produção, o consumo, a violência e o dinheiro do crime organizado só aumentaram. E não há perspectiva de que parem de aumentar. Quando as pessoas abrirão os olhos para o absurdo dessa guerra besta, cujo saldo está nas capas dos jornais?" LUCAS CALDANA GORDON (São Paulo, SP)
"Acompanhando pela Folha a batalha contra o crime no Rio de Janeiro, vejo jovens inocentes sendo mortos por traficantes. Vítima da violência, o corpo de um homem é encontrado num carrinho de supermercado próximo a uma favela. Felizmente, aquela falácia de que traficante defende a população está sendo desmascarada com a guerra do tráfico no Rio. Não existem traficantes "bonzinhos", mas apenas interesseiros. Levam a sua paz e os seus filhos." MÁRCIO ALEXANDRE DA SILVA (Assis, SP)
"Os leitores que se indignaram com as críticas feitas à publicação de uma foto sobre a violência na Primeira Página da Folha na quarta-feira deveriam atentar para um fato: quando se faz jornalismo honesto, o principal objetivo é informar, e a qualidade e a precisão do texto são o principal condutor da informação. Quando se mostra uma foto de dimensões avantajadas, como foi o caso, sem um texto jornalístico à altura do que a imagem pretende, fica a nítida impressão que o objetivo é apenas criar impacto. Se é realmente esse o objetivo, um veículo da envergadura da Folha arrasta a abordagem do assunto para o mesmo nível da feita em jornais ditos sensacionalistas. Se assim for, coloquemos todas as fotos de crimes na capa do jornal, começando pelos ocorridos em São Paulo, que não são poucos." JOÃO PEREIRA MENDES (São Paulo, SP)
"Enquanto os holofotes estão focados nos últimos fatos ocorridos no Rio, numa escola pública de Sapucaia do Sul (RS), crianças entre nove e dez anos de idade brincam de traficantes e consumidores, embalando pó de giz como se fosse cocaína. O embrião do problema, que já é uma pandemia, é o mesmo: a falta de acesso a serviços básicos aliada à presença do tráfico de drogas próximo às escolas. A diretora não vê relação direta entre as condições sociais apontadas e o episódio. Mas é fácil visualizar os pseudo-heróis que estão povoando o imaginário dessas crianças. Já passou da hora de se implantarem políticas que possam fazer essas e outras crianças sonharem e brincarem de "heróis" pró-ativos." ROBERTO GONÇALVES SIQUEIRA (São Paulo, SP)
Educação
"As regras para que o professor obtenha aumento salarial após a realização de prova devem ser revistas. Neste primeiro momento, é absurdo levar em conta a assiduidade e o tempo de permanência na mesma escola. Não se pode criar uma regra que puna alguém por algo realizado antes da elaboração dessa regra. O professor não sabia que sua remoção de escola ou suas faltas poderiam impedi-lo de ter aumento salarial. O critério para ficar entre os 20% que receberão aumento deve se pautar unicamente no resultado da prova. Só daqui para a frente é que se poderá levar em conta a análise de vida funcional do professor." FÁBIO GOMES BARBOSA (Campinas, SP)
Cansaço sem reparo
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