São Paulo, domingo, 26 de dezembro de 2010

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CARTAS


O senhor Joaristavo de Oliveira ("Painel do Leitor", 23/12), ao tentar imprimir ares democráticos à sua carta, traz nas entrelinhas do seu discurso um ponto de vista raso e dissimulado. Apregoando uma suposta liberdade de escolha religiosa, diz-se "enervado" com "essa história de ateísmo".
Ou seja, para ele, as coisas se passam mais ou menos assim: cada um é livre para escolher qualquer religião, mas, se você escolher ser ateu, por favor, não faça muito barulho.
O que precisa ser entendido é que, na verdade, não existe essa tal liberdade de escolha religiosa. E continuará não existindo enquanto nossas crianças continuarem sendo submetidas a uma doutrinação religiosa precoce e os ateus permanecerem sendo coagidos a não se manifestarem.
Existe uma representação social do ateu extremamente negativa, embora não existam fatos legítimos que a corroborem. Eu espero ao menos rever o nome de Joaristavo neste "Painel" se dizendo enervado com o habitual falatório cristão.
PEDRO ERNESTO RODRIGUES MAÇARANDUBA (Goiânia, GO)

Chuva e morte
Até quando nosso prefeito vai ser omisso com a limpeza de córregos ("Prefeitura limpa bueiro duas vezes por ano, diz CPI")? A morte com a qual ele contribuiu ("Córrego enche, arrasta carros e mata um") vai ser apenas mais uma na triste cronologia daquelas provocadas pelas chuvas. Parece que a única preocupação do prefeito é com a troca de partido, troca essa que pode gerar mais status político para uma futura eleição.
Enquanto isso, a previsão do tempo indica mais chuva -e também mais incompetência municipal vem por aí.
PAULO ROGÉRIO LENCIONI (São Paulo, SP)

Bispo de Limoeiro
Caso existissem no Brasil pelo menos sete pessoas com a sabedoria, o patriotismo e a coragem do bispo de Limoeiro do Norte (CE), dom Manuel da Cruz, o nosso país não estaria na situação lamentável em que se encontra, sobretudo nas áreas da política e da justiça.
Dom Manuel recusou, no dia 21, uma comenda do Senado. E disse que tomou a atitude em protesto contra o aumento salarial de 61,8% aprovado pelos parlamentares em causa própria.
Onde estão os luminares dessas importantes áreas de atuação? De que adiantam os mil títulos, medalhas, jornais e microfones a seu dispor se todo esse cabedal e prestígio não é efetivamente colocado a serviço da sociedade? Somos o que somos como nação porque nos faltam pessoas com o desprendimento, o patriotismo e a coragem de dom Manuel.
ALOÍSIO DE ARAÚJO PRINCE (Belo Horizonte, MG)


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