São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011

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CARTAS

Polícia
É deplorável a conduta de autoridades policiais no caso da escrivã cujo vídeo foi amplamente divulgado. Nota-se pelas conversas gravadas que a então policial investigada, amiúde, dizia não se importar com a revista, mas exigia que o procedimento fosse realizado por uma delegada, sem a presença de homens na sala. Todavia percebe-se que os servidores públicos nem sequer deram ouvidos a ela. Pode-se perceber que tal conduta violou o princípio básico alicerçado na dignidade da pessoa humana, a teor do inciso III do art.1º da Constituição. Não quero aqui placitar o comportamento da servidora, mas o mínimo que se pede é respeito, não apenas à referida servidora, e sim a todos os que assistimos perplexos ao escárnio sofrido pela moça. Conclui-se do episódio que: se dita funcionária foi tratada com desdém, o que dirá se fosse uma pessoa comum.
JOEL FERREIRA DA CUNHA (São Paulo, SP)

Trânsito e caos
Como compreender que a maior cidade do hemisfério Sul e uma das oito maiores economias do mundo pare por completo? São Paulo é uma metrópole relativamente nova, que viu o seu crescimento irresponsável a custo do trabalho árduo de muitos povos. No entanto seu progresso foi para poucos. A cidade se depara com o caos: é superlotada de veículos -reflexo de uma classe média nacional crescente e sem consciência-, o transporte público encarece continuamente e há ainda a apatia das autoridades sobre o cataclismo causado pelas chuvas que atingem a capital paulista. Vivemos diante de um status quo do trânsito, um padrão social conformista. Não nos rebelamos nem nos organizamos para mudá-lo.
RODRIGO BRUNO NAHAS (São Paulo, SP)

Liberdades
Definitivamente, o mundo parece ter se cansado de ditadores. Espero que isso seja para o bem. Afinal, o perigo também ronda as democracias. No Oriente Médio, os grupos religiosos são perigosos e até piores do que algumas ditaduras, basta ver o Irã, que, depois de retirar um ditador terrível, caiu em um inferno sem fim. Na América Latina, há líderes que aproveitam brechas das leis para se eternizar no poder, como Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador), sem contar com os irmãos Castro em Cuba. Estou feliz, no entanto, ao ver o povo do Oriente Médio lutar até o fim pela liberdade. Bom será se a América Latina também se espelhe nesses movimentos e, mesmo dentro de suas democracias esquisitas, não aceite restrições à liberdade.
ROBERTO MOREIRA DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ)


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