São Paulo, domingo, 27 de março de 2011

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CARTAS

Obama no Brasil
A colunista Danuza Leão perguntou por que houve discriminação com homens e brancos na vista da família Obama ao país ("Charmoso, primeiro-casal privilegia negros e mulheres", Poder, 21/3). Mas ela escreveu "o casal foi torturado por banda infantil e exibição de capoeira".
Parece que é no referido trecho que há discriminação.
Não sei nada sobre bandinhas com crianças. Mas sei que a capoeira, além de esporte, é patrimônio cultural e imaterial do Brasil.
Por que figuras estrangeiras são elogiadas enquanto há desvalorização de um importante símbolo da cultura afro-brasileira?
Raramente encontro texto sobre capoeira nos meios de comunicação. Na última segunda-feira eu achei, na Folha, mas, infelizmente, se referia a esse esporte de modo preconceituoso.
MARÍLIA DE OLIVEIRA (Taquarituba, SP)

Obstetrícia
Gostaria de declarar meu irrestrito apoio ao movimento contra o fechamento do curso de obstetrícia da Universidade de São Paulo ("Obstetrícia da USP pode sair da Fuvest", Cotidiano, 19/3).
Fui atendida por uma parteira em meu segundo parto, e nenhum médico, de convênio ou particular, se compara ao amparo e ao tratamento que uma obstetriz é capaz de dar à mulher parturiente.
O fechamento do curso é mais um sinal do desespero da classe médica de perder seu quinhão, perder sua clientela.
Esses mesmos clientes que hoje acreditam em qualquer desculpa esfarrapada para marcar uma cesariana desnecessária e, muitas vezes, até fora de hora, gerando uma cascata caça-níquel absolutamente indecente.
PAULA LISBOA (São Paulo, SP)

Líbia
Obama ordenou o ataque à Líbia sem autorização do Congresso americano, que poderia vetar a participação ou a liderança da coalizão, composta pelos EUA, pelo Reino Unido, pelo Canadá, pela França e pela Itália, que bombardeia a Líbia.
Por motivo humanitário, não!
Por motivos econômicos, já que os EUA enfrentam uma crise. Mas Obama não pode abrir o jogo e dizer a verdade, que o ataque à Líbia é motivado pelo petróleo.
Por outro lado, a Itália, que participa da coalizão contra Gaddafi, tem um motivo explícito. O primeiro-ministro Silvio Berlusconi está em maus lençóis com a opinião pública, nada como uma guerra para desviar o foco e quem sabe o dom-juan latino consiga sobreviver politicamente à enxurrada de denúncias.
EMANUEL CANCELLA (Rio de Janeiro, RJ)


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