São Paulo, domingo, 27 de dezembro de 2009

Índice

Semana do Leitor

leitor@uol.com.br
Glória Flügel
Crianças se debruçam para tentar acompanhar a Parada Disney, no último domingo, em SP




E no oitavo dia...

"Achei muito interessante, instrutivo e enriquecedor o artigo do dr. Drauzio Varella sobre a circuncisão, publicado no caderno Ilustrada no dia 19/12 ("De volta à circuncisão").
Contudo, chamou minha atenção que, logo no primeiro parágrafo, o autor declara desconhecer a origem dessa prática. Nas próprias palavras do dr. Drauzio Varella: "Circuncidar os meninos é prática que vem da Antiguidade (...) De onde tiraram a ideia de que cortar a pele que cobre a glande era uma medida saudável?".
Consta no "maior best-seller de todos os tempos", a Bíblia, no livro de Levítico (capítulo 12, versículo 3): "E no oitavo dia será circuncidado".
Isso além do pacto feito entre Deus por um lado e Abrão e sua descendência por outro, conforme consta no "Gênesis", capítulo 17, versículos 9 a 14.
Respondendo à pergunta objetivamente, podemos concluir que, com certeza, nossos antepassados acreditaram que, atendendo a esse preceito, eles estavam selando um pacto com Deus e cumprindo com Sua vontade.
O benefício físico saudável é um adicional bem-vindo que nos chega como um bônus. Obviamente que, se bem a prática desse preceito é espiritual, cumprindo com a vontade divina, isso tem influência no plano físico.
Ninguém conhece o mundo em geral, nem nosso corpo em particular, melhor que seu Criador. Com todo o a
vanço da ciência e da tecnologia, ainda não dá para conhecer profundamente todos esses benefícios que podemos obter no plano físico do cumprimento desses preceitos espirituais. Deus é bom por excelência e os Seus preceitos são bons e saudáveis."
MOTL MALOWANY, rabino, sinagoga Knesset Israel (São Paulo, SP)

Caso Sean
"Esse é um caso tão clássico de alienação parental que só os defeitos do nosso Judiciário explicam tanta demora para um desfecho óbvio. A avó materna chama de tragédia a decisão, esquecendo-se de que o direito que ela julga ter sobre o neto seria o mesmo dos avós paternos. Fala também em transição suave.
Mas o espetáculo grotesco a que submeteram o menino dá conta de que os interesses do menor não eram tão prioritários como eles afirmam. Se fossem, superariam eventuais mágoas para proporcionar à criança a oportunidade de conviver com ambas as famílias. Agora tudo se tornou mais difícil. Dá para notar que não era exatamente bem que a família brasileira falava do pai para o menino. Também dá para estimar o quanto eles deverão superar para serem novamente pai e filho."
NÉLIO SANTANA (Santa Maria, RS)

Parada Disney
"Diferente do que li e vi nos jornais. Não posso deixar de mostrar imagens que fiz da imensa ala do povão convidado pela propaganda a levar seus pimpolhos para ver os personagens da Disney na zona norte de São Paulo (no último domingo, dia 20).
Um milhão de pessoas. Uma mínima área com grades e sem seguranças permitia que os pequenos vissem o desfile. O que não deu para entender foi a enorme área cercada com um tapume, também enorme (1,80 m de altura), de zinco! As poucas crianças (as menores) sortudas tinham o ombro dos pais para ter alguma visão.
A grande maioria não teve chance diante de tão alto tapume e descaso. Princesas, Homens-Aranhas, cabecinhas de Mickeys suados e frustrados. Foi uma pena.
Sem contar a dureza que foi voltar. Metrôs e ônibus lotados. Mal-humorados e humilhados, a maioria com crianças de colo, os pais rastejavam para conseguir um lugar.
Fui lá fotografar minha sobrinha, uma das princesas do castelo na Parada Disney. Não a vi."
GLÓRIA FLÜGEL, fotógrafa (São Paulo, SP)

Irresponsabilidade
"Não sei o que os arqueólogos dirão daqui a 2.000 ou 3.000 anos sobre a civilização atual, mas com certeza denominarão o período de 1850 a 2050 como a "Era da Irresponsabilidade", devido à multiplicação avassaladora de seres humanos e ao consumo dos recursos do planeta quase à exaustão. Espero sinceramente que os anos 2010-2020 venham a ser chamados de "Período de Conscientização" e que de 2050 a 2250 tenhamos a "Era da Renovação" da humanidade e do planeta. Infelizmente, só mudamos quando somos atingidos pelas nossas próprias ações."
RADOICO CÂMARA GUIMARÃES (São Paulo, SP)

Pedágio
"É bom que se discuta sobre pedágios e falta de infraestrutura, mas discordo daqueles que acham que os custos dos produtos encarecem muito com os pedágios. Sai muito mais caro transportar nossa safra agrícola através da buraqueira que são nossas estradas federais do que pagar pedágio. O raciocínio de que "socializar" o pedágio por meio dos impostos seria uma saída na verdade desonera apenas quem usa automóvel, ou seja, quem pode pagar, e encarece para quem nem mesmo viaja ou viaja pouco -e de ônibus."
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Violência
"Os bandidos cariocas, a exemplo dos que mataram o lutador ["Ladrão mata lutador e fere americano em assalto no Rio", Cotidiano, ontem], não têm com que se preocupar. Os bandidos de Brasília têm total condição de continuar a lhes oferecer leis que propiciem sua total liberdade de ação, principalmente durante a Olimpíada."
ROBERTO ANTONIO CÊRA (Piracicaba, SP)


Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.