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Semana do Leitor
leitor@uol.com.br
Glória Flügel
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Crianças se debruçam para tentar acompanhar a Parada Disney, no último domingo, em SP
E no oitavo dia...
"Achei muito interessante,
instrutivo e enriquecedor o artigo do dr. Drauzio Varella sobre a circuncisão, publicado no
caderno Ilustrada no dia 19/12
("De volta à circuncisão").
Contudo, chamou minha
atenção que, logo no primeiro
parágrafo, o autor declara desconhecer a origem dessa prática. Nas próprias palavras do dr.
Drauzio Varella: "Circuncidar
os meninos é prática que vem
da Antiguidade (...) De onde tiraram a ideia de que cortar a
pele que cobre a glande era
uma medida saudável?".
Consta no "maior best-seller
de todos os tempos", a Bíblia,
no livro de Levítico (capítulo
12, versículo 3): "E no oitavo
dia será circuncidado".
Isso além do pacto feito entre Deus por um lado e Abrão e
sua descendência por outro,
conforme consta no "Gênesis",
capítulo 17, versículos 9 a 14.
Respondendo à pergunta objetivamente, podemos concluir
que, com certeza, nossos antepassados acreditaram que,
atendendo a esse preceito, eles
estavam selando um pacto com
Deus e cumprindo com Sua
vontade.
O benefício físico saudável é
um adicional bem-vindo que
nos chega como um bônus.
Obviamente que, se bem a
prática desse preceito é espiritual, cumprindo com a vontade
divina, isso tem influência no
plano físico.
Ninguém conhece o mundo
em geral, nem nosso corpo em
particular, melhor que seu
Criador.
Com todo o a
vanço da ciência e da tecnologia, ainda não
dá para conhecer profundamente todos esses benefícios
que podemos obter no plano físico do cumprimento desses
preceitos espirituais.
Deus é bom por excelência e
os Seus preceitos são bons e
saudáveis."
MOTL MALOWANY, rabino, sinagoga Knesset Israel (São Paulo, SP)
Caso Sean
"Esse é um caso tão clássico
de alienação parental que só os
defeitos do nosso Judiciário explicam tanta demora para um
desfecho óbvio.
A avó materna chama de tragédia a decisão, esquecendo-se
de que o direito que ela julga ter
sobre o neto seria o mesmo dos
avós paternos. Fala também
em transição suave.
Mas o espetáculo grotesco a que submeteram o menino dá conta de
que os interesses do menor não
eram tão prioritários como eles
afirmam. Se fossem, superariam eventuais mágoas para
proporcionar à criança a oportunidade de conviver com ambas as famílias.
Agora tudo se tornou mais
difícil. Dá para notar que não
era exatamente bem que a família brasileira falava do pai para o menino. Também dá para
estimar o quanto eles deverão
superar para serem novamente
pai e filho."
NÉLIO SANTANA (Santa Maria, RS)
Parada Disney
"Diferente do que li e vi nos
jornais. Não posso deixar de
mostrar imagens que fiz da
imensa ala do povão convidado
pela propaganda a levar seus
pimpolhos para ver os personagens da Disney na zona norte
de São Paulo (no último domingo, dia 20).
Um milhão de pessoas. Uma
mínima área com grades e sem
seguranças permitia que os pequenos vissem o desfile.
O que não deu para entender
foi a enorme área cercada com
um tapume, também enorme
(1,80 m de altura), de zinco! As
poucas crianças (as menores)
sortudas tinham o ombro dos
pais para ter alguma visão.
A grande maioria não teve
chance diante de tão alto tapume e descaso. Princesas, Homens-Aranhas, cabecinhas de
Mickeys suados e frustrados.
Foi uma pena.
Sem contar a dureza que foi
voltar. Metrôs e ônibus lotados.
Mal-humorados e humilhados, a maioria com crianças de
colo, os pais rastejavam para
conseguir um lugar.
Fui lá fotografar minha sobrinha, uma das princesas do
castelo na Parada Disney.
Não a vi."
GLÓRIA FLÜGEL, fotógrafa (São Paulo, SP)
Irresponsabilidade
"Não sei o que os arqueólogos dirão daqui a 2.000 ou
3.000 anos sobre a civilização
atual, mas com certeza denominarão o período de 1850 a
2050 como a "Era da Irresponsabilidade", devido à multiplicação avassaladora de seres
humanos e ao consumo dos recursos do planeta quase à
exaustão. Espero sinceramente que os anos 2010-2020 venham a ser chamados de "Período de Conscientização" e
que de 2050 a 2250 tenhamos
a "Era da Renovação" da humanidade e do planeta.
Infelizmente, só mudamos
quando somos atingidos pelas
nossas próprias ações."
RADOICO CÂMARA GUIMARÃES
(São Paulo, SP)
Pedágio
"É bom que se discuta sobre
pedágios e falta de infraestrutura, mas discordo daqueles
que acham que os custos dos
produtos encarecem muito
com os pedágios. Sai muito
mais caro transportar nossa
safra agrícola através da buraqueira que são nossas estradas
federais do que pagar pedágio.
O raciocínio de que "socializar"
o pedágio por meio dos impostos seria uma saída na verdade
desonera apenas quem usa automóvel, ou seja, quem pode
pagar, e encarece para quem
nem mesmo viaja ou viaja pouco -e de ônibus."
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)
Violência
"Os bandidos cariocas, a
exemplo dos que mataram o
lutador ["Ladrão mata lutador
e fere americano em assalto no
Rio", Cotidiano, ontem], não
têm com que se preocupar. Os
bandidos de Brasília têm total
condição de continuar a lhes
oferecer leis que propiciem
sua total liberdade de ação,
principalmente durante a
Olimpíada."
ROBERTO ANTONIO CÊRA (Piracicaba, SP)
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