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SEMANA DO LEITOR
leitor@uol.com.br
Método educativo
Lendo o texto "Palmada muda
filho "gayzinho", declara deputado
federal" (Cotidiano, 26/11), fico a
pensar se não seria o caso de convocar o nobre deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) para empregar na prática
os seus "métodos educativos" nas
comunidades do Rio dominadas
pelos traficantes e milicianos.
Quem sabe não seria uma "arma
pedagógica" eficaz para "pacificar
as comunidades" que tanto horrorizam a população fluminense.
ROBERTO GONÇALVES SIQUEIRA (São Paulo, SP)
Saúde x festa
A atitude do juiz José Eduardo
Vilar Filho de proibir festas com
dinheiro público em Fortaleza enquanto não se solucionar o problema de filas para cirurgias ortopédicas em hospitais da cidade
(Cotidiano, 26/11) deve ser louvada e imitada em todo o país.
Note-se que a proibição não é
permanente, mas condicionada.
Sabiamente, o juiz nos lembra,
mais uma vez, que verbas existem,
mas são mal direcionadas.
ANA HELENA C. BELLINE (Campinas, SP)
Trem-bala
O governo federal está fazendo
muito alarde em relação a essa
história de implantar um trem de
alta velocidade no Brasil. Não vejo
sentido neste projeto, pois não temos nem trem de passageiros comuns pelo país. Por que não investir estes recursos (R$ 33,1 bilhões) em trens de média velocidade e espalhá-los pelo país, o
que beneficiaria milhões de pessoas e aumentaria a segurança no
transporte, já que grande parte
das rodovias federais está em mau
estado de conservação?
Na maioria das vezes, pagamos
caro neste país pela vaidade e pela falta de visão estratégica de
nossos governantes.
MARCELO VIEIRA MIRANDA
(Espírito Santo do Pinhal, SP)
Revolta da Chibata
Os motins havidos a bordo de
quatro navios em novembro de
1910, na Revolta da Chibata, só
podem ser memorados como
exemplos de erros de todos os envolvidos nos trágicos episódios
que se seguiram. Só houve vítimas, como o comandante do encouraçado Minas Gerais, o capitão-de-mar-e-guerra Batista das
Neves, que foi decapitado, e o próprio João Cândido, que viveu em
desgraça e virou mito.
Erraram o Congresso, que anistiou os amotinados antes de um
inquérito legal, a Marinha, em
manter castigos corporais, o governo, que não cumpriu a anistia,
e a imprensa, que mudou de lado
-primeiro contra e depois a favor
dos rebeldes. Nada a comemorar
quando militares em proveito próprio apontam o armamento do Estado contra a população indefesa.
PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA, capitão-de-mar-e-guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)
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