|
Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Semana do leitor
leitor@uol.com.br
Mídia
Assusta-me, sim, a criação de
conselhos estaduais reguladores
ou controladores de comunicação.
E, se estes conselhos são tão legítimos como seus projetos assim
o configuram, que estejam abertos
à diversidade de opinião que tanto
propõem, a começar pelo debate
sobre a sua criação.
Temos, sim, motivos de sobra para preocupação. Bolívia, Venezuela e, mais recentemente, Argentina sinalizam para tal na América Latina.
Aqui no Brasil, declarações ácidas de governantes contra a cobertura jornalística acerca da vida
política nacional coincidem demais com este surto repentino de
criação de conselhos estaduais.
A discussão é legítima, e os próprios fatos assim a ratificam.
CLÁUDIO MESSIAS, professor universitário, mestrando em ciências da comunicação na ECA-USP
(São Paulo, SP)
Lobato
Qualquer obra de arte traz as
marcas de seu tempo. Por isso não
é o caso de vetar nenhuma produção artística ("Conselho quer vetar
livro de Monteiro Lobato em escolas", Cotidiano, 29/10).
Deve-se, sim, nos cursos de formação de professores, prepará-los
para mediar a leitura e ajudar os alunos a ler e a compreender o contexto histórico em que qualquer
obra foi produzida.
A continuar assim, toda produção artística será proibida, e em seu
lugar serão produzidas obras "encomendadas" de acordo com a
"verdade" de cada grupo social.
O MEC e o CNE certamente não
devem iniciar essa prática, mas sim
criar condições -como já vêm fazendo- para que professores e alunos possam ter acesso e ler criticamente qualquer produção cultural.
Essa "assepsia e higienização da arte" não é o caminho.
GRAÇA SETTE, professora, autora de "Para ler o mundo - Língua Portuguesa" (Belo Horizonte, MG)
Vilmar
Fantástico o artigo "Vilmar não
vai votar" (Opinião, 29/10), do
sempre perfeito Fernando de Barros e Silva. Tanto Dilma como Serra
não se preocupam com o povo brasileiro. Vilmar foi vítima do péssimo
sistema de saúde oferecido pelos
governantes, que nunca executam
a promessa de oferecer um sistema
de saúde público de qualidade.
PAULO ROGÉRIO LENCIONI (São Paulo, SP)
McDonald's
Foi um grande avanço a Justiça
do RS ter condenado o McDonald's por atitude discriminatória
ao demitir o gerente que em 14
anos de trabalho engordou 35 kg
(Cotidiano, 28/10). O funcionário
era "obrigado" a ingerir sal, açúcar
e gordura em excesso. Será que ele
praticava um antimarketing, prejudicando a imagem do fast-food altamente engordativo?
RENATO PRIMI (Itapecerica da Serra, SP)
Próximo Texto: O assunto é: Religião e eleições Índice | Comunicar Erros
|