São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2010

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Semana do leitor

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Mídia
Assusta-me, sim, a criação de conselhos estaduais reguladores ou controladores de comunicação.
E, se estes conselhos são tão legítimos como seus projetos assim o configuram, que estejam abertos à diversidade de opinião que tanto propõem, a começar pelo debate sobre a sua criação.
Temos, sim, motivos de sobra para preocupação. Bolívia, Venezuela e, mais recentemente, Argentina sinalizam para tal na América Latina.
Aqui no Brasil, declarações ácidas de governantes contra a cobertura jornalística acerca da vida política nacional coincidem demais com este surto repentino de criação de conselhos estaduais.
A discussão é legítima, e os próprios fatos assim a ratificam.
CLÁUDIO MESSIAS, professor universitário, mestrando em ciências da comunicação na ECA-USP (São Paulo, SP)

Lobato
Qualquer obra de arte traz as marcas de seu tempo. Por isso não é o caso de vetar nenhuma produção artística ("Conselho quer vetar livro de Monteiro Lobato em escolas", Cotidiano, 29/10).
Deve-se, sim, nos cursos de formação de professores, prepará-los para mediar a leitura e ajudar os alunos a ler e a compreender o contexto histórico em que qualquer obra foi produzida.
A continuar assim, toda produção artística será proibida, e em seu lugar serão produzidas obras "encomendadas" de acordo com a "verdade" de cada grupo social.
O MEC e o CNE certamente não devem iniciar essa prática, mas sim criar condições -como já vêm fazendo- para que professores e alunos possam ter acesso e ler criticamente qualquer produção cultural.
Essa "assepsia e higienização da arte" não é o caminho.
GRAÇA SETTE, professora, autora de "Para ler o mundo - Língua Portuguesa" (Belo Horizonte, MG)

Vilmar
Fantástico o artigo "Vilmar não vai votar" (Opinião, 29/10), do sempre perfeito Fernando de Barros e Silva. Tanto Dilma como Serra não se preocupam com o povo brasileiro. Vilmar foi vítima do péssimo sistema de saúde oferecido pelos governantes, que nunca executam a promessa de oferecer um sistema de saúde público de qualidade.
PAULO ROGÉRIO LENCIONI (São Paulo, SP)

McDonald's
Foi um grande avanço a Justiça do RS ter condenado o McDonald's por atitude discriminatória ao demitir o gerente que em 14 anos de trabalho engordou 35 kg (Cotidiano, 28/10). O funcionário era "obrigado" a ingerir sal, açúcar e gordura em excesso. Será que ele praticava um antimarketing, prejudicando a imagem do fast-food altamente engordativo?
RENATO PRIMI (Itapecerica da Serra, SP)


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