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Ouro digital

Moeda virtual criada por um anônimo, bitcoin atrai entusiastas e empresas; conheça

YURI GONZAGA DE SÃO PAULO

"Você deve entrar no sistema do bitcoin agora. Você deve ser um pioneiro, porque seus bitcoins vão valer muito dinheiro um dia." Isso foi o que o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, disse a Eric Schmidt, presidente do conselho do Google, em abril de 2011, quando uma unidade da moeda virtual bitcoin valia US$ 1,70.

Na semana passada, esse mesmo valor girou em torno de US$ 115 (cerca de R$ 231).

Para justificar a afirmação que fez a Schmidt, Assange comparou o funcionamento do bitcoin ao do ouro: quanto mais pessoas estão garimpando, mais difícil se torna sua descoberta --daí a virtude de entrar cedo no sistema.

No caso da moeda digital, a "mineração" é realizada por usuários que "emprestam" seu computador por meio de um software à rede Bitcoin para que ela possa continuar operando. Tais mineradores registram todas as transações realizadas, por segurança, e são premiados com as valiosas moedas.

Não há uma instituição responsável pelo câmbio, como um Banco Central: a tarefa de fiscalização é dividida entre todos os computadores da rede. As transferências, imediatas, são feitas diretamente entre usuários.

Não dá para saber se Schmidt acatou a ideia, já que todo usuário de bitcoin é mantido em anonimato, mas o executivo disse, em fevereiro último, que já esteve nos planos do Google uma moeda virtual semelhante --que nunca saiu do papel para evitar problemas judiciais.

O WikiLeaks, por sua vez, fez uso do bitcoin no ano passado para contornar um bloqueio financeiro imposto pelos EUA e, assim, poder receber doações de admiradores.

Assim como são anônimos os usuários do bitcoin, o criador da moeda, conhecido pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto, nunca foi identificado.


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