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Garotas gamers relatam sofrer discriminação

DE SÃO PAULO

Ser mulher e consumidora de jogos eletrônicos não é tão simples como deveria ser. Insultos e ameaças movidos por discriminação sexual são comuns na vida de garotas gamers.

Para a designer de jogos Maíra Testa, uma sociedade "machista" preserva a noção de que videogame é coisa de homem. "Eles ainda acham que não sabemos jogar, que não temos habilidade para isso."

O blog "Fat, Ugly or Slutty" (gorda, feia ou vagabunda, em tradução livre) possui um registro extenso de ofensas sexistas reunidas por jogadoras pelo mundo. Os insultos vão de mensagens de texto pedindo-lhes para "retornarem à cozinha" a arquivos de áudio com conteúdo pornográfico e ameaças de morte e estupro.

Para escapar do assédio, algumas jogadoras evitam falar ao microfone durante uma partida on-line ou usar nomes de usuário que identifiquem seu gênero.

Denunciar os abusos para os administradores do jogo? "É muito difícil, porque normalmente também são caras que acham isso tudo normal", diz a jogadora Carolina Stary. "Eles não veem isso como ofensa. Para eles, é engraçado."

A publicitária Danielle Cruz, 27, conta ter percebido uma vez que os homens costumavam abandonar os servidores do game de tiro "Left4Dead" em que ela entrava para jogar.

"Comecei a usar o perfil do meu namorado e eles não saíam mais", conta. Na internet, descobriu que garotos planejavam esse tipo de boicote na presença de alguém do sexo oposto.

"Ridículo, não é? Devo jogar melhor que muitos deles ali", brinca.


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