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Facebook sob pressão Acordo fechado nos EUA reacende debate sobre sobre políticas de privacidade na rede social EMERSON KIMURADE SÃO PAULO A chapa do Facebook esquentou na última semana. Pressionada pelo governo dos EUA, a rede social fechou acordo com a FTC (Comissão Federal de Comércio) para rever suas políticas de privacidade, no desfecho de um caso que corria desde 2009. A empresa de Mark Zuckerberg era acusada de tornar públicos, sem consulta prévia, dados que usuários poderiam considerar privados; e de compartilhar informações pessoais com empresas de publicidade. O Facebook não admitiu explicitamente as acusações, mas aceitou adotar as propostas da FTC, que incluem obter o aval dos usuários antes de mudar opções de privacidade e passar, pelos próximos 20 anos, por auditorias que verificarão como a privacidade é controlada. O acordo causou interpretações diversas nos EUA. Marc Rotenberg, presidente do Centro de Informação de Privacidade Eletrônica, de Washington, considerou o acordo positivo, pois usuários terão mais controle sobre o que publicam, mas lamentou que a FTC não tenha forçado o Facebook a mudar as opções de privacidade para como eram até 2009. O senador democrata Jay Rockefeller disse que o acerto ressalta a necessidade de o Congresso aprovar leis com proteções básicas de privacidade, mesmo raciocínio de editorial do "New York Times" publicado dias antes do anúncio da FTC. Segundo a revista "The Economist", analistas creem que empresas como Facebook, Google e Twitter têm feito acordos para evitar regras de privacidade mais "onerosas". A publicação afirma, porém, que isso não deve distrair legisladores e reguladores de EUA e Europa. Além do acordo, o executivo-chefe do Facebook tem se esforçado para mostrar que a empresa se preocupa com a privacidade dos usuários. Dos últimos 25 posts de Zuckerberg no blog do Facebook, dez foram respostas a reclamações. E há muitos pedidos de desculpas. No texto mais recente, sobre o acordo com a FTC, Zuckerberg admite que a empresa cometeu um "monte de erros" ao longo dos anos e que acordos como esse "criam um quadro de como empresas devem abordar privacidade nos EUA e ao redor do mundo". Questionado pela Folha, o Facebook disse, por e-mail, que o acerto é "um compromisso de longo termo claro e formal", para dar "a você ferramentas para controlar quem vê suas informações". Sobre a extensão desse acordo ao Brasil, a empresa respondeu genericamente: "Trabalhamos de perto com reguladores, advogados e especialistas do mundo todo, incluindo o Brasil, para informar nossas práticas e políticas de privacidade". Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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