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Rede usa seus dados para direcionar anúncio

Publicidade dirigida no Facebook permite que empresas escolham quais usuários do site verão seus produtos

Propaganda on-line é uma das principais fontes de receita do site, que deve faturar US$ 3,8 bi em 2012

Paul Sakuma - 22.set.2011/Associated Press
Mark Zuckerberg, criador do Facebook, na conferência f8
Mark Zuckerberg, criador do Facebook, na conferência f8

BARBARA ORTUTAY
DA ASSOCIATED PRESS

As práticas de privacidade do Facebook despertam muitas dúvidas nos usuários. Vale, então, responder as perguntas mais frequentes.

1) Por que o Facebook pressiona as pessoas a compartilharem coisas?

Mesmo antes de faturar bilhões de dólares com publicidade, o propósito do Facebook sempre foi permitir que as pessoas "se conectem e compartilhem" -o lema da empresa-, com amigos, parentes e conhecidos.

Ao longo dos anos, ao virar um serviço com mais de 800 milhões de usuários, a empresa sempre tentou expandir seus recursos, encorajando usuários a compartilhar mais fotos, atualizações, links, músicas, notícias.

O Facebook defende que as pessoas querem compartilhar mais, e que a empresa lhes dá os meios para isso.

2) Então o objetivo não é apenas ganhar dinheiro?

O Facebook obtém a maior parte de sua receita com publicidade on-line. Os anúncios que os usuários veem se baseiam nas coisas que compartilham. O grupo de pesquisa eMarketer estima que o Facebook faturará US$ 3,8 bilhões com publicidade neste ano no mundo.

3) Como o Facebook usa o que as pessoas compartilham para ganha dinheiro?

Com base no que as pessoas compartilham, empresas podem selecionar a que usuários desejam exibir seus anúncios. É um tesouro para a publicidade dirigida.

Por exemplo, uma revista para noivas pode dirigir uma promoção a mulheres que anunciaram noivados no site nos últimos seis meses.

4) O Facebook diz que já resolveu muitas questões citadas no acordo com a Comissão Federal do Comércio dos EUA. Há pontos que ainda estão em aberto?

Chris Conley, pesquisador de tecnologia e liberdades civis na ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis), diz que o Facebook precisa fazer mais para limitar o acesso de aplicativos externos às informações dos usuários.

"Há controles, mas eles não são lógicos", diz. Exemplo: um aplicativo instalado por um amigo de sua lista de Facebook pode ter acesso aos seus dados mesmo que você não o tenha instalado.

Ainda que seja possível optar pelo não compartilhamento de certas informações, muita gente não está ciente disso, porque não sabe que está compartilhando algo com esses aplicativos.

5) E há rastreamento de atividades on-line?

O Facebook, como o Google e empresas que anunciam na web, acompanha atividades das pessoas na internet. A rede social, aponta Conley, consegue rastrear seus movimentos mesmo que você não esteja logado.

De sua parte, o Facebook afirma não usar as informações que recolhe para criar perfis sobre os hábitos de navegação das pessoas, e que não as vende a ninguém.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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