Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Tec

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Pioneiras da telefonia celular vivem derrocada

Comprada por US$ 4,7 bi, BlackBerry seguiu Motorola, adquirida pelo Google, e Nokia, que agora é da Microsoft

Em dois anos, as três empresas vitais à fundação da indústria da telecomunicação móvel mudaram de mãos

BRUNO ROMANI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,

Ao anunciar, em setembro, que chegara a um acordo para ser comprada por US$ 4,7 bilhões, a BlackBerry não encerrou apenas uma agonia que já durava três anos. A empresa colocou um ponto final em toda uma era dos grandes fabricantes de celular.

Nos últimos dois anos, o mundo da tecnologia viu a derrocada de três companhias que tiveram papel vital na fundação da indústria de telecomunicações móveis e na sua popularização no mundo. Duas delas foram negociadas no último mês.

Em agosto de 2011, o Google anunciou a compra da Motorola por US$ 12,5 bilhões. Três semanas antes da BlackBerry, a Nokia foi arrematada pela Microsoft por US$ 7,2 bilhões.

Nenhuma delas foi parar nas mãos de outro gigante do hardware. Ao contrário, empresas de software engoliram as antigas líderes --à exceção da BlackBerry, que vai para um consórcio de investidores.

Dessa forma, não há mais competidores na indústria que se dedicam puramente à produção de celulares. A Apple, uma das líderes do segmento, vem do mundo dos computadores pessoais, em que mantém uma horda de clientes fiéis.

Sua maior concorrente, a Samsung, tem um império que produz de geladeiras a processadores. E esses impérios usam sua força para absorver possíveis fracassos.

A cada aparição, por exemplo, Kazuo Hirai, executivo-chefe da Sony, faz questão de lembrar que a sua empresa, que abraça de gravadora de música a câmera fotográfica e dispositivo móvel, é uma só.

Embora não tenha tido grandes sucessos com celulares, a Sony se mantém viva num mercado abrangente.

Nas novas casas, Motorola e Nokia já encontram ambiente que absorve fracassos. O Google sobrevive com tentáculos que abraçam de carros que se autodirigem a propaganda na internet.

Para a Nokia, o cenário também é parecido, com alguns setores da Microsoft aliviando os fracassos de outros. No último trimestre, por exemplo, o lucro da divisão de Windows foi de US$ 1 bilhão, e o da divisão de negócios foi de US$ 4,87 bilhões.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página