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RONALDO LEMOS
@lemos_ronaldo

O protesto do ostentação

O Google soltou sua já "tradicional" lista de termos mais buscados durante o ano. Na lista das celebridades, o primeiro lugar ficou com o MC Daleste, que venceu Anitta e Nanda Costa. Daleste foi também o quinto termo mais pesquisado em toda a rede brasileira no ranking geral. É uma pena que essa seja uma história triste. Daleste morreu em julho de 2013, assassinado enquanto se apresentava, ao vivo, com um tiro disparado por um atirador de elite. A cobertura da sua morte não foi das melhores. Com notáveis exceções, ficou circunscrita ao noticiário policial. No entanto, sua liderança na rede é reveladora. Ele havia se tornado um dos artistas mais populares do país, apesar da pouca presença na mídia "tradicional". Falava para uma geração periférica, em busca de afirmação. O funk ostentação, do qual Daleste fez parte, está se convertendo em trilha sonora de protesto pró-igualdade. Não é por acaso que sua música "Deixa eu Ir" --que fala de maconha-- foi entoada como hino no primeiro "rolezinho" a chamar a atenção em um shopping em SP. Os "rolezinhos" são ponta-de-lança de um movimento difuso, criativo e anticlichê, que inventa novos modos de protesto. Funda-se na vontade de participar do espaço público (e da cidade) do mesmo jeito que a internet permitiu participar do espaço simbólico. Vale lembrar que os "rolezinhos" são organizados pela rede, tal como as manifestações de junho.A esfera pública do Brasil mudou por causa da internet, mostra Daleste. Agora a cidade quer se reconfigurar.

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