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APP de uma nota só

Com 200 mil usuários e US$ 1,2 milhão em financiamento, Yo é um programa minimalista para smartphones que só manda uma palavra

ALEXANDRE ORRICO DE SÃO PAULO

Yo.

Esta é a única palavra que o aplicativo de mesmo nome permite enviar e receber por smartphones. Isso mesmo: é somente essa a função do app --que já tem 200 mil usuários.

Se na superfície o Yo é um app de mensagens simples e minimalista que parece beirar o ridículo, seus criadores o defendem como uma nova maneira de se comunicar.

Nós nos comunicamos o tempo inteiro sem palavras --acenamos, mexemos a cabeça e gesticulamos. O Yo tenta reproduzir isso no mundo virtual, papel parecido com o dos emoticons, mas de forma muito mais elementar.

Mas o que quer dizer a palavra Yo? "O Yo quer dizer tudo", filosofou seu executivo-chefe, Or Arbel, em entrevista à rede americana CNN.

"Quer dizer bom dia'? Envie um Yo. Estou pensando em você'? Yo. Eu terminei minha reunião, venha ao meu escritório' --Yo", diz a descrição no site oficial do serviço.

AFINAL, TEM UTILIDADE?

Enquanto alguns usam o Yo apenas para importunar os amigos, enviando uma avalanche de mensagens para o celular alheio, Arbel diz que o aplicativo serve para muitas outras tarefas.

"Um simples Yo tem muita diferença dependendo de quem manda e a que horas manda", disse o executivo ao jornal "Financial Times".

O app surgiu quando Moshe Hogeg, chefe do Mobli --serviço de compartilhamento de imagens semelhante ao Instagram--, pediu para Arbel criar algo com apenas um botão que pudesse contatar a secretária sem ter que pegar o telefone ou escrever.

Arbel então se inspirou em conversas de um caractere que ele tinha às vezes com um amigo, usando "?" para dizer "como você está?" e "!" para dizer "ótimo". Segundo ele, o processo de criação do aplicativo demandou em torno de oito horas de trabalho.

Com a popularidade, conforme costuma ocorrer, vieram tentativas de violação e denúncias sobre segurança.

Em uma delas, três estudantes da Universidade da Geórgia (EUA) hackearam os números de telefone dos usuários. Eles também conseguiram enviar spam e "yos" usando qualquer nome de usuário, além de trocar a mensagem "yo" por outra.

Arbel disse por Twitter que os problemas foram resolvidos, e que o foco da equipe é agora monetizá-lo e criar novos usos para a ferramenta.

O futuro parece promissor se avaliado o investimento recente de US$ 1,2 milhão feito por investidores do Vale do Silício, que apostam na simplicidade do programa.


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