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Moto 360 chegará por R$ 899; leia teste

Data exata ainda não foi divulgada, mas fabricante o venderá ainda neste mês, na versão com pulseira de couro

Duração de bateria do aparelho torna seu uso pouco conveniente, e belo visual é ofuscado pela escassez de apps

YURI GONZAGA DE SÃO PAULO

O Moto 360, que será lançado neste mês no Brasil por R$ 899, é bonito e chega a ser útil, dentro das possibilidades de um relógio inteligente que serve basicamente só de "atalho" para o celular.

Por outro lado, a precária duração da bateria --que obriga o usuário a fazer a recarga todos os dias-- e aplicativos ausentes ou mal-acabados tornam esse "smartwatch" uma compra justificável só para os aficionados e exibicionistas.

Pode-se dizer que isso é em grande parte "culpa" do Google, responsável pelo software. O sistema Android Wear é novo e promissor, mas não faz pareamento com iPhones (só com celulares com Android na versão 4.3 ou mais nova) e tampouco tem funções maduras e com serventia que não supérflua.

É conveniente poder olhar as notificações de mensagens no pulso, mas não dá para valer-se do Moto 360 para respondê-las, já que o reconhecimento de voz não entende pontuação e muitas vezes interpreta as palavras errado.

Fazer pesquisas usando o microfone embutido no Moto 360 pode ser frustrante: há respostas prontas só para perguntas específicas ("qual a idade do Pelé?", "que horas são em Tóquio?") e a página de resultados é restrita a três links --que só podem ser abertos no celular.

O aplicativo de GPS tem navegação curva a curva e é muito bom para ciclistas, mas não é menos distrativo para um motorista do que usar o smartphone, já que este tem orientação por voz, ausente no Moto 360 (assim como qualquer outro som).

Desconectado de um celular, aliás, o aparelho vira um relógio convencional, mas com contador de passos.

RECARGA

O lado bom das limitações de software é que elas tendem a ser amenizadas ao longo das atualizações do sistema. A duração da bateria, por sua vez, fica quase sempre igual.

É preciso recarregar o Moto 360 todo dia. Por mais que a tecnologia de indução permita que o relógio seja alimentado ao repousar sobre uma base (durante cerca de 1h30min), a tarefa diária não fica menos exasperante.

VISUAL

A Motorola peca no sensor que detecta a frequência cardíaca, que falha repetidamente e tem utilidade questionável, mas, de resto, o hardware é muito bom.

A tela redonda de 1,56 polegada poderia ter resolução maior (são 320 pixels por 290 pixels), mas é bonita e tem boa visibilidade ao sol. Há uma pequena faixa não visível na parte de baixo.

A pulseira de couro, que é intercambiável, deve agradar à maioria. Nos EUA, ela acompanha o "smartwatch" na versão mais barata (US$ 249 ou por volta de R$ 600) em alternativa ao que vem com pulseira de inox (US$ 299).

Para quem tem pulso fino, o Moto 360 pode ficar grande. Em comparação a relógios masculinos, porém, ele tem tamanho e peso medianos.

É um aparelho muito chamativo --para o bem e para o mal--, mas, ao menos por enquanto, pode repelir quem tem orçamento limitado.


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