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Inclusão do Google+ em resultados de busca rende críticas

Novo serviço será investigado em processo antitruste; Twitter diz ter sido prejudicado

DE SÃO PAULO

No último dia 10, o Google anunciou o serviço Search plus Your World (busca mais seu mundo, em tradução livre), que integra o sistema de buscas com a rede social da empresa, o Google+.

Pouco tempo depois do anúncio, o Google foi criticado pela concorrência e pela imprensa especializada por tentar usar sua liderança no mercado de buscas para promover a própria rede social.

No último dia 13, a Bloomberg revelou que a FTC (Comissão Federal do Comércio) incluirá o novo serviço na investigação antitruste em andamento contra o Google pela suspeita de que a empresa favoreça os seus serviços nos resultados de pesquisa.

No Search plus Your World, ao escolher uma opção ao lado da caixa de pesquisa, o usuário enxerga, além dos resultados de sempre, conteúdo publicado no Google+, como perfis, posts, fotos, pessoas e outras informações relacionadas ao termo buscado.

No dia da estreia do serviço, o Twitter divulgou um comunicado afirmando que as mudanças eram ruins para os consumidores e para as empresas de conteúdo da web.

"Como vimos várias vezes, as notícias urgentes surgem primeiro no Twitter. Como resultado, contas do Twitter e tuítes são muitas vezes os resultados de busca mais relevantes", afirmou a empresa.

"Estamos preocupados com a possibilidade de que, como resultado das mudanças no Google, encontrar essas informações fique mais difícil para todos. Cremos que as mudanças são ruins para pessoas, editores, organizações noticiosas e usuários do Twitter."

Em uma mensagem pública, o Google afirmou ter ficado "surpreso" com a reação do Twitter, alegando que o serviço de microblog optou por não renovar um acordo, expirado em julho do ano passado, que permitia ao Google exibir mensagens do Twitter em tempo real em seus resultados de busca.

Por enquanto, o Search plus Your World funciona só na versão em inglês. Procurado pela Folha, o Google Brasil afirmou que não há previsão de estreia da integração no país e que não havia nenhum representante para comentar as críticas recebidas pelo serviço.

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