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Lumia 800 é um bom celular, mas sistema operacional falha

Celular da Nokia com software da Microsoft é classudo; câmera desaponta

BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nokia e Microsoft ainda podem sonhar com dias gloriosos na galáxia dos smartphones. O Lumia 800, o primeiro rebento concebido pelas gigantes, dá esperança para as duas companhias, que perderam espaço para a concorrência nos últimos anos.

Chegando ao Brasil em março, ele mantém a tradição da Nokia de aparelhos com bom hardware -a Folha testou o Lumia 800 em primeira mão.

Como sistema operacional, ele tem o Windows Phone 7.5, terceira via entre o Android, do Google, e o iOS, da Apple.

O design chama a atenção pela beleza. A carcaça é feita com uma peça única de policarbonato fosco, e a tela tem vidro curvado -herança do N9, aparelho da Nokia que rodava o finado MeeGo.

O casamento entre o hardware e a interface do WP dão um toque classudo ao bicho.

A tela de 3,7 polegadas resulta em um aparelho com tamanho confortável para navegação pela rede e chamadas telefônicas. A resolução é de 480x800 pixels, e as cores são chamativas.

Por outro lado, o Lumia não se sai bem sob o sol. A tela fica escura, resultado do Amoled, sistema de iluminação que tem seu brilho máximo reduzido.

Outra tradição da Nokia levada para o Lumia são as lentes Carl Zeiss. Com 8 Mpixels, a câmera atrai por ter flash e várias opções de configuração manual.

Apesar da tentativa de seduzir os amantes de fotografia, o resultado não impressiona: as fotos ficam granuladas, e as cores deixam a desejar.

Os problemas do aparelho se concentram nos pontos fracos do WP. O Internet Explorer móvel é mais lento do que o Safari, do iPhone, e do que o navegador do Android.

O sistema também responde com mais letargia para se adaptar à posição do telefone. Quando movido da horizontal para a vertical (e vice-versa), a tela não muda imediatamente de posição.

A disponibilidade de aplicativos (cerca de 40 mil, mas nem todos no Brasil) joga contra. A App Store, da Apple, tem mais de 500 mil aplicativos, e o Android Market, mais de 400 mil.

O funcionamento dos apps (no geral, mais lentos ou complicados de usar) e seus preços (em média, mais caros) também atrapalham.

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