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Ninguém tasca

Usuários se irritam com a chegada do Instagram ao Android e com a compra do aplicativo pelo Facebook

LUCAS SAMPAIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Instagram lança sua versão para Android, e a novela se repete: comentários invadem a internet, principalmente as redes sociais, atacando a chamada "orkutização" de mais um serviço on-line até então exclusivo a um seleto grupo de usuários.

Apesar de o termo "orkutização" ter se popularizado com a migração em massa de usuários da rede social do Google para o Facebook, o fenômeno é velho e recorrente.

Aconteceu com o próprio Orkut, quando deixou de ser restrito apenas a quem recebesse convite de quem já era cadastrado no site.

Para buscar um exemplo fotográfico, como o Instagram, como não se lembrar dos fotologs? Adolescentes brasileiros tomaram as páginas e incomodaram até os gringos. Resultado: o criador Adam Cypher proibiu o acesso por aqui e passou a cobrar pelo serviço. O fotolog "morreu" e surgiu o Flickr.

Em comum a todos esses episódios da história da internet no país está a insatisfação de uma parcela restrita de usuários que "chegam primeiro" e se sentem incomodados quando os "bárbaros" invadem seu território.

A ira dos pioneiros pode ser explicada por dois motivos, diz Ricardo Matsumura Araújo, 33, doutor em ciência da computação pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul): pela mudança na forma como ele é usado a partir da entrada maciça de novos usuários e pela perda -ainda que psicológica- de valor econômico do serviço, antes "exclusivo".

Antes, o Instagram estava restrito a usuários de iPhones -que custam, no Brasil, a partir de R$ 999. Apesar de o aplicativo ser gratuito, o "preço de entrada" era alto.

As portas para a "orkutização" estariam abertas porque há celulares com sistema Android mais acessíveis, que custam menos de R$ 200.

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